sábado, 28 de janeiro de 2017

(a)Mar

Já te disse mas repito, tenho uma memória traiçoeira. Sinto que me esqueço de muito, duvido por vezes daquilo que recordo. Hoje, porém, tenho a certeza que falavas do mar quando te conheci. Era do mar, sim. E do amor também. Um barco, talvez. Trocámos palavras. É bonito, isto de trocar palavras. Uma dádiva mútua, um afago. Hoje faltam-me as tuas palavras e as minhas lamentam-se, aqui, sós. Podias ao menos dizer-me se te lembras, e se era mesmo do mar que falavas.

17 comentários:

  1. Nostalgia...dia cinzento, tudo a provocar uma certa tristeza.
    Bejs sorridentes e com sol!

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  2. o que fica por dizer pode ser como aquela humidade que se entranha nas roupas, no cabelo, que fica nos ossos...

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  3. E da troca de palavras... algo mais se acrescenta à palavra... como o título tão bem o demonstra...
    Beijinhos! Bom fim de semana!
    Ana

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  4. Que lindo texto. Nostálgico. Muito lindo.

    Beijinho.

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  5. há mar e mar...
    por certo que era o mar...

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  6. Se calhar não percebeste bem e ele falava de a)Mar-te e amar o mar...:)

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Este texto recordou-me um tempo já antigo, quando um projecto me uniu a outra gente e, contra ventos e marés, deu bem, floriu. Foi então que, grata aos que comigo estiveram de pés juntos e que eu sabia de passagem, lhes agradeci com um poema desajeitado. E nele havia o mar da vida, um cais e barcos que partiam enquanto outros chegavam. Quem sabe alguns deles são hoje cais de outros barcos. Ou serão ainda barcos viajantes. Não interessa. Vejo-os como então. E tenho a certeza de que todos nos lembramos uns dos outros e do tempo em que nos juntámos por alguma coisa que frutificou. Tenho até a ilusão de que nos fez crescer e nos ajuda no mar da vida.

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  9. Claro que se lembra...pode é não querer dizer!!!
    Bom domingo

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  10. Claro que se lembra...pode é não querer dizer!!!
    Bom domingo

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  11. "Dantes,

    havia um mar crispado

    na fissura dos lábios. Hoje, apenas

    algumas gotas de sal."


    Albano Martins

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  12. Há palavras que nunca se esquecem, especialmente quando são sobre o (a)Mar :)

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  13. Coitadinho do passarinho, estava mesmo cheio de frio. Curioso é que não vi nunca nenhum pato dessa espécie nos Salgados, mas lá que as fotos deram saudades... ai, ai!;)

    Beijocas

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  14. Claro que este comentário anterior era para o post de cima. com a saudade foi no que deu... :)))

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  15. Amar talvez seja mesmo um barco no mar, onde nem todos sabem navegar ou sequer nadar palavras. Há quem nem saiba do barco a mar...
    Que nostalgia linda, Luisa :)

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