sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Agosto - foto do dia #27. Torneira
[Até ao final do mês, as fotos do dia não serão bem do dia. Ficam agendadas por razões de força maior. Tentarei passar por aqui... mas sem compromisso.]
domingo, 26 de agosto de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
O carrinho de compras
Eu já devia ter aprendido a lição. Não se deixa um carrinho
de compras encostado a um qualquer expositor de enlatados para ir ao fundo do
corredor buscar uma embalagem de pacotes de leite. Nem tão pouco junto ao
expositor dos chouriços. Nem que seja para pedir à rapariga da charcutaria que
nos faça o favor de fatiar duzentos gramas de fiambre da perna. Por muito
rápida que seja a recolha de bens que queiramos fazer, por muito perto que nos
pareça estar o pacote de bolachas ou a caixa de cereais que nos convém, nunca,
mas nunca, devemos abandonar o carrinho de compras par os ir buscar.
Desta vez tive sorte. O supermercado não era dos maiores e
ao voltar do expositor de laticínios com a minha embalagem de queijo edam às
fatias ainda consegui alcançar a mulher de cabelo branco que me levava o
carrinho. Eu: olhe que se enganou. Ela: ai desculpe, ai desculpe. Falou com
sotaque de velha inglesa e sorriso embaraçado no rosto. Respirei de alívio. Já
tinha as compras a meio mas nada como da outra vez. Devia ter-me servido de emenda.
Da outra vez o carrinho estava cheio, o percurso do hipermercado
completo. Só restava a peixaria onde me amanhavam os robalos. Ajeitei por ali o
carrinho e cometi o erro fatal de o largar da mão. Mal recolhi o peixe, dei
meia volta na sua direção mas já tinha desaparecido. Olhei em redor. O mais certo era ter
rodado alguns metros até o despassarado ou a despassarada que o tivesse
agarrado o largasse discretamente, como quem não quer a coisa. Mas não. Nada do
meu carrinho. Ziguezagueei pelos corredores dos frescos, das massas, dos
detergentes, dos plásticos…Nada. Nunca mais encontrei o meu carrinho de compras
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Simples
Com toda a simplicidade e a maior clareza que há no mundo a
mulher disse:
Às vezes apetece chorar. Mas não vale a pena. Para quê
chorar? Não resolve nada. Há que seguir com alegria.
Lágrima
Há uma lágrima que não seca. Brota da raiva, do desespero.
Rola devagar face abaixo e quando penso que vai finalmente secar, engrossa de
novo na fonte e torna a jorrar.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Trabalhos manuais
Naquele tempo tínhamos uma disciplina de trabalhos manuais.
Havia trabalhos para as raparigas e trabalhos para os rapazes. Eram trabalhos
diferentes. Naquele ano ensinaram as raparigas a costurar. Não me serviu de
muito. Pelos vistos nem para despertar o interesse já que nunca senti grande
vocação para este tipo de tarefa. Mas gostei de recuperar o meu caderno de
lições de costura com exemplos de papel pregados com alfinetes. Gostei de
folheá-lo e de olhar para esse tempo. Um tempo que guardei numa caixa de
arrumação e que abro de vez em quando com o mesmo entusiasmo de quem descobre
um tesouro perdido.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
domingo, 19 de agosto de 2012
Passeio de domingo (110)
Hoje não há passeio. Fico em casa em preparativos culinários para receber afilhados ao final da tarde. Por aqui deixo, no entanto, uns restos de outro passeio domingueiro recente.
sábado, 18 de agosto de 2012
Saudades
Tenho saudades de mim. Saudades do que fui. Saudades dos sonhos que perdi pelo caminho. Saudades do riso. Simplesmente do riso.
Tenho saudades do tempo em que falava por escrito com a colega de carteira. Encontro pequenos pedaços de papel no meio de velhos cadernos. Estão cheios de conversas. Leio essas frases trocadas no meio das aulas. Revejo as personagens que descrevem. As paixonetas. As aspirações.
Tenho saudades de mim. Saudades da esperança que já sinto desvanecida. Mudei. Sim, como mudei. Uma fina camada de cinza foi-se abatendo sobre mim. Colou-se-me à pele. Alterou-me os sentidos. Foi-me envolvendo, insidiosa, anos a fio, até não sobrar nenhum bocadinho de pele, de cabelo, de sopro até… na cor original.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
A pose
Eu e a minha prima posando para a fotografia. Teríamos dez anos? Pouco mais. As duas, lado a lado, junto a um apoio de praia circular que havia naquela época. Era de madeira e assentava sobre estacas. A fotografia só mostra as estacas mas lembro-me bem.
Eu e a minha prima posando para a fotografia de biquíni. O dela era azul-escuro. O meu era azul-claro. Claro como o azul do céu. Como a boina que eu tinha nesse dia. Como o padrão que enfeitava o fundo cor de laranja de um vestido de praia que eu usava sobre o biquíni. Era um vestido de pano turco, aberto à frente. Fechava com molas mas, naquele momento, no momento da pose para a fotografia, estava aberto deixando ver o biquíni.
Eu e a minha prima posando para a fotografia. Ela muito direita, sem artifícios. Eu de mão apoiada na anca, de pernas ligeiramente afastadas, cabeça inclinada. Eu, verdadeiramente posando para a fotografia. Achando-me especial. Estrela. Modelo. Tudo na pose. Uma pose que ficou estacada ali na areia da praia e que a minha mãe colou, depois, numa página do álbum de fotografias. Uma pose que ficou guardada, fechada todos estes anos, até que hoje parei nela o meu olhar. Fixei-me naquela pose. Pequena pose de vaidade, “meia-leca” de gente vestida com cores de verão quando a vida era leve e eu sonhava com o mundo.
Eu e a minha prima posando para a fotografia. Uma pose guardada para sempre no álbum de novo fechado.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
domingo, 12 de agosto de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
Quente
Pensei vir aqui escrever sobre o calor que se abateu sobre nós.
Pensei nisso porque impensável é colocar um pé fora de casa a esta hora.
Fazê-lo é levar com um peso implacável sobre os ombros. Até o vento sopra
línguas de fogo. Então pensei vir aqui escrever sobre o calor. Mas custo a
deslindar as teclas que, uma a uma, se derretem. Já nem percebo a que letra
corresponde cada uma delas. O teclado está feito numa papa. O monitor começou
agora a derreter e o azul da Microsoft Word já escorre pelo tampo da
secretária. Não tarda chega ao chão como se fosse um rio de lava. Pensei vir
aqui escrever sobre o calor que se abateu sobre nós e percebo agora que devo
deixar um aviso. É provável que em segundos este post entre em combustão.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Amor à primeira vista
Doze segundos… são o tempo necessário para desencadear a
paixão. A sério. Diz aqui.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
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