Primeiro achei a ideia muito interessante.
Depois não resisti ao apelo da Angela
Merkl. Acabei por decidir participar
e se não conto vir a ganhar nenhum prémio fico ao menos com a satisfação de
contribuir, nem que seja com uma “nanoparte”,
para este álbum fotográfico do nosso país.
terça-feira, 31 de julho de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
A camiseta
Eu sei que a loja em questão não é propriamente low-cost. Eu
sei que é daquelas que só vendem marcas “xpto”. Assim mesmo, tive hoje que dar
dois passos atrás para conferir se tinha mesmo visto o que vi. E vi bem sim
senhor. A montra estava feita com t-shirts de homem. Simples camisetas de algodão.
Brancas com algumas inscrições, cinzentas com estampas. Coisa simples. Todas
marcadas com preços acima dos 90 €. E já com desconto de saldos. Uma até
passava dos 100 €. Pronto, está bem, essa tinha a estampa do Marlon Brando no
peito.
domingo, 29 de julho de 2012
Passeio de domingo (107)
Há umas semanas atrás eu bem tinha ameaçado passear pelo parque ambiental de Vilamoura. Fiz finalmente o percurso que vou querer repetir porque me falta captar muito mais do que isto.
sábado, 28 de julho de 2012
Manhã de praia
O vento sopra os cheiros da encosta. No ar misturam-se os
aromas da figueira, do pinho e do tomilho. No céu pairam as gaivotas e sob os
meus passos ecoa o restolho da caruma. Pela vereda de terra avermelhada vou
descendo até chegar ao passadiço de madeira que me conduz ao areal. A concessão
de toldos ainda espera por quem ocupe as suas sombras enquanto nas zonas livres
se amontoam, desordenados, os guarda-sóis.
Circulo junto à falésia em busca de um local mais deserto.
Passo rente aos nadadores salvadores que conversam junto ao abrigo de madeira
onde arrumam os seus pertences. Um deles está recostado numa espreguiçadeira.
Despiu a t-shirt, ostenta a tatuagem que lhe floresce no flanco e entretém-se
com uma pinça depilando um a um os pelos do abdómen.
Junto à rebentação das ondas apressam-se homens e mulheres
em corridas desencontradas. Uns para leste. Outros para oeste.
Encontro por fim o sítio certo para estender a toalha. Largo
os chinelos e sento-me olhando o mar. Aproveito o tempo leve da manhã. Respiro.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
quinta-feira, 26 de julho de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
Passeio de domingo (106)
Não querendo fazer disto um (mau) hábito, hoje é novamente dia de não passeio.Vou ali picar o ovo e outras coisas mais para o jantar com a família que vem de visita e que não tarda me está a bater à porta.
Desfile de empreita
A empreita é um trabalho artesanal tipicamente algarvio que utiliza as folhas da palmeira anã para confecionar objetos essencialmente utilitários como alcofas, capachos, albardas, abanicos, chapéus… Já por aqui lembrei o tempo em que via a minha avó fazer empreita. É uma atividade essencialmente feminina que tem forte incidência no concelho de Loulé e a Junta de Freguesia de Boliqueime decidiu conferir-lhe uma nova dimensão através da realização de um evento anual que visa divulgar esta arte. Ontem realizou-se o segundo desfile de empreita que mostrou ao público presente um conjunto de criações digno de um evento de alta-costura. Foi mesmo espetacular.
sábado, 21 de julho de 2012
Laranja
Pergunto-me quem terá passado, apressado, por ali, comendo
uma laranja, talvez roubada da horta. Sem mesmo a descascar. Abrindo-a com os
dedos, sugando-lhe os gomos sumarentos, roendo-a por dentro da casca. Foi com
sofreguidão que alguém comeu aquela laranja. Comeu-a fugindo terra acima.
Atirando os seus destroços para trás. Como quem não quer saber de nada. Como
quem só quer esquecer que teve fome. Insensível ao ardor dos espinhos cravados
na pele.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Flores da noite
A noite está quente. Sem rasto de vento. Como a querer provar
que o estio assentou praça. Finalmente. A noite está quente e chama-me à
varanda. Lá em baixo estão as flores que dormiram todo o dia. Respondem também à
chamada e abrem-se agora coloridas, à noite quente.
domingo, 15 de julho de 2012
Passeio de domingo (105)
Mil desculpas para quem veio ao engano. Hoje não há passeio. Só "relax".
P.S.
Hoje brinquei com as fotos e apliquei-lhes efeitos a partir daqui
sábado, 14 de julho de 2012
A mangueira
Tenho uma mangueira amarela enrolada num suporte metálico
que se encontra pregado numa das paredes do quintal. Utilizo-a para lavar as
varandas e os pátios. A água corre fresca vinda das profundezas do furo
artesiano que até há pouco tempo abastecia todas as torneiras cá de casa. Agora
que finalmente tenho água da rede municipal, só a rega e as lavagens do
exterior recorrem à água do furo. Gosto de lavar o pátio com a minha mangueira
amarela. A água sai num jorro forte, controlado por uma pistola que está acoplada
à mangueira. O pátio bem precisa de ser lavado. Acumulou a poeira trazida pelo
vento, as folhas secas das árvores, os excrementos dos pássaros que não me têm
respeito nenhum e mal acabo de lavar já estão de novo a sujar. Gosto de
orientar toda a sujeira que se acumulou no chão com o jorro de água. Descalça
ou de chinelos de plástico, molho-me quase até aos joelhos e se me descuido na
orientação da mangueira e a água encontra algum obstáculo mais elevado acabo
por me salpicar toda. É bom. A água leva à sua frente toda a sujidade formando
uma pasta barrenta que vai ser engolida, lá à frente, pelo ralo. Gostava de poder
lavar assim as preocupações, as mágoas, os medos. Tudo se transformaria num
pasta que por muito tenebrosa me parecesse acabaria sempre por se dissolver num
jato de água fresca.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
O barulho das luzes
Afinal aquela expressão um bocado parva de que com os "barulho das luzes" isso (seja lá o que for isso) não se nota poderá ter alguma razão de ser. E a prova está nesta gravação da "banda sonora" das auroras boreais.
Dizem os cientistas que "(...) a fonte do som está associada, provavelmente, às mesmas partículas energéticas, procedentes do Sol, que criam as luzes."
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Aranha
Aborreciam-no cada vez mais as
pessoas. De ano para ano, estava a afastar-se dos encontros de circunstância
que durante tanto tempo lhe preencheram a vida. Ao princípio nem deu por isso.
Desculpava-se com o cansaço, com os afazeres familiares inadiáveis, com uma
agenda lotada. Dava uma qualquer explicação que antes de mais servia para se
justificar a si próprio. Convencia-se da inevitabilidade de adiar os encontros,
de recusar os convites, de se afastar dos vizinhos, dos amigos, dos colegas,
dos primos. Procurava o silêncio e aos poucos foi-se esquecendo das palavras. Nas
últimas semanas poucas foram as que pronunciara. Dava por si parado, olhando ao
longe sem distinguir sequer a linha do horizonte. Desinteressara-se dos seus
livros que lhe pareceram de repente demasiado iguais uns aos outros.
Virava-lhes as páginas e só via uma mancha difusa de caracteres que deixou de
entender. Ocupava-se a vigiar os insetos que procuravam alimento nas flores do
jardim e nas que cresciam, silvestres, na beira do caminho. Apreciava os seus
movimentos alados. A sua atenção dividia-se entre esses e as aranhas que
construíam as suas finas teias entre troncos e folhas de arbustos, na quina de
uma parede ou de um degrau. Não sentia fome, nem frio, nem calor. Passava horas
naquele estado de apatia, apenas observando os movimentos da bicharada. Tantas
horas assim, apenas interrompidas pela noite e pelo sono. Até que finalmente,
numa manhã de sol radioso, acordou, leve, feliz, pendurado numa teia.
domingo, 8 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
No rescaldo das "amantes do verão"
Durante o mês de junho aderi ao passatempo “As amantes do
verão” promovido pela Manuela “Turista
Acidental” e pela “Miss
Scarlet Red”. Estas duas meninas
conseguiram juntar quase duzentas “blogueiras” e fazê-las postar diariamente
sobre o verão. Mas não contentes com isso, ainda arranjaram outras “blogueiras”
que patrocinaram sorteios semanais.
Ora eu, que nunca ganho nada, desta vez fui agradavelmente
surpreendida pela sorte e ganhei um colar muito bonito saído das mãos da Sónia Rodrigues.
Cá está ele ao pescoço da nova dona:
Agradeço à Sónia e às promotoras do desafio “Amantes do verão”.
E claro, sugiro-vos que visitem o blogue da Sónia: “Bijusony” onde poderão descobrir as
lindas peças de bijuteria que ela produz.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
O sabonete
Costumo lavar o rosto com sabonete de glicerina. Quando os
meus filhos nasceram a indicação que vinha no seu livrinho de saúde era para
utilizar sabonete de glicerina no banho. Se é bom para os recém-nascidos deve
ser bom para todos os tipos de pele, deduzo eu. Quando era criança havia sempre
sabonetes de glicerina na minha casa. Havia outros… claro. Havia o sabonete Lux
para ser como nove em cada dez estrelas. Havia o sabonete Palmolive. Havia
sobretudo sabonetes. Só depois chegou o gel de banho. O certo é que o gel
rapidamente tomou o lugar do sabonete e excetuando o de glicerina que continuei
sempre a usar para lavar o rosto, os outros tornaram-se espécie em vias de
extinção na minha casa. E assim, tenho vivido há vários anos uma era de gel
duche. Até há poucos dias, quando, encantada pelo desenho da embalagem e pelo
perfume que dela saía, resolvi trazer comigo um sabonete. É um clássico da Ach
Brito. Diz que é para banho luxo. E é um luxo mesmo. Produz uma espuma cremosa,
lava-me e perfuma-me o corpo e perfuma também a minha casa de banho. Verdade.
Se me aproximo da saboneteira então… fico logo com vontade de me ensaboar.
Estou por isso decidida a encetar uma campanha de defesa do sabonete aqui na
minha casa. Vou lutar pela conservação do seu uso e tenciono experimentar as
mais variadas espécies que existem por cá. De preferência espécies autóctones. Até
já tenho um sabonete de leite de burra da Confiança pousado junto ao lavatório,
pronto para entrar em ação.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Solidariedade
O princípio da história.
O desenvolvimento da história.
Uma história que se torna campanha de solidariedade.
Para ler e para fazer alguma coisa.
O desenvolvimento da história.
Uma história que se torna campanha de solidariedade.
Para ler e para fazer alguma coisa.
domingo, 1 de julho de 2012
Passeio de domingo (103)
Saí de casa com a intenção de explorar o Parque Ambiental de Vilamoura mas quando lá cheguei o portão de acesso já estava encerrado. Não me dei por vencida e escolhi um caminho próximo a ladear os campos de golfe. O parque fica para a próxima vez.
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