Num banco do movimentado centro comercial, descansava, diáfana, uma frágil criatura. Os cabelos platina, muito longos e lisos tombavam
sobre o assento e ajustavam-se-lhe como um véu. O rosto, pálido, quase transparente
desenhava-se com finos e ténues traços. Ao passar por ela, estava tão
translúcida que cheguei a questionar-me. Estaria a vê-la ou apenas a
imaginá-la.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Dos amores e suas formas
Li hoje uma história maravilhosa. Há dezasseis anos, um
britânico decidiu homenagear a mulher que acabava de morrer. Para isso, plantou
seis mil carvalhos, desenhando com eles um prado em forma de coração. Esse
coração gigante é hoje visível do céu e até por satélite.
Algures, no universo, uma mulher, o seu espírito ou o que
seja em que queiramos acreditar, pode comprovar a força de um amor sem fim.
Para quem coleciona pinta-amores, esta é uma história incontornável.
Foto retirada daqui |
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Sarjeta
Vi uma pequena flor, murcha e pisada. Estava entalada na
grelha da sarjeta. Decapitada. Estava ali por um fio. Um fio de sol que a
secasse sem volta, pois que chuva não ia cair.
domingo, 25 de janeiro de 2015
sábado, 24 de janeiro de 2015
Pinta-amores
Os “pinta-amores”, pequena rubrica desta esquina que, há sensivelmente um ano,
me lembrei de criar, mudaram de sítio.
Aceitei o desafio do Jorge Esteves, um dos bloggers que se interessou
por este meu devaneio e começou a colaborar no crescimento da coleção. Criei um
espaço próprio para ela. A sua morada é agora: http://pinta-amores.blogspot.pt/.
Vão até lá e aceitem também o desafio. Vão por aí
“caçando” pinta-amores e ajudem na recolha destas mensagens, enviando-as para o
e-mail indicado no blogue.
Eu agradeço.
Laundry service
Laundry service
Vai à lavandaria.
Põe lá a tua alma.
E enquanto ficas a ouvi-la
Rodar, rodar, rodar,
Observa-a com calma. (…)
Excerto de um dos poemas de Roberto Leandro que “fotografei”
para o “Imagem d’escrita”, que tem programada mais uma apresentação pública. É já
no próximo dia 31 de janeiro, pelas 16h00, na Casa Municipal da Cultura de
Pedrógão Grande.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Happy
Do passeio vê-se o campo desportivo da escola secundária. Quase
sempre há aula, manhã cedo, no primeiro tempo letivo. Alunos organizam-se no
recinto. Alguns já correm à sua volta, em aquecimento. Assim que passam para a
parte de trás da bancada, fora de alcance do olhar do professor, duas raparigas
trocam o passo de corrida por uma marcha descontraída. No ar soa o tema Happy do Pharrell Williams. Sigo caminho
perseguida pelo ritmo alegre da música e pela graça da preguiça disfarçada das
miúdas. Em resumo, um bom começo de dia.
Impaciências
Fico impaciente com anúncios pop-up que nunca têm a cruzinha, para os fechar, no mesmo sítio.
domingo, 18 de janeiro de 2015
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
A cadeira
Já não vejo há algum tempo o homem que se costuma sentar
numa velha cadeira, no passeio daquela rua por onde quase sempre passo e que fica
ali, vigiando o movimento e esfregando os joelhos com as mãos. Naturalmente que
a sua ausência se deve ao facto de, neste tempo de inverno, eu por lá passar em
horas de frio, manhã muito cedo ou ao fim do dia, noite caída.
Tenho, no entanto, visto a cadeira. Não é a mesma. Aquela cadeira
de jardim a que já faltava uma ripa de madeira foi substituída por outra,
igualmente velha. Pés de metal oxidado, assento e encosto de estofo preto, de napa
sintética, muito gasto. Uma cadeira tão velha e tão gasta que durante algum
tempo teve uma, também velha, camisola de algodão a forrá-la desajeitadamente. Agora
já nem camisola tem. Passo pela cadeira vazia e vejo-a esventrada, com o contraplacado
do assento completamente à vista. A
continuar assim, imagino que a verei em breve com a madeira gasta e um buraco
central a mostrar a calçada.
Então, é provável que o homem a substitua por outra cadeira
que também já será velha mas que não deixará de cumprir a sua função,
servindo-lhe de assento nas longas horas de vigia.
domingo, 11 de janeiro de 2015
Passeio de domingo (229)
Meio a cor, meio preto e branco, aqui fica o passeio deste domingo,
entre as praias dos Olhos de Água e da Falésia, com o termómetro a marcar 18ºC.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Intenguida
Estou intenguida.*
É o frio do tempo. E é também o frio do momento.
*tolhida de frio, entanguida [conforme ao falar algarvio]
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
Passeio de domingo (228)
Nos derradeiros minutos deste domingo, acabadinha de chegar
de Lisboa onde passei os primeiros dias do ano, ainda deixo o passeio, que
afinal até foi de sábado mas ainda assim serve o propósito.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Ano Novo. Ano de luz.
Por cá, o primeiro dia deste novo ano amanheceu luminoso. Confere, já que este é o ano internacional da luz.
Subscrever:
Mensagens (Atom)