sábado, 21 de janeiro de 2017

A reinvenção do tempo



O tempo continua dormente do frio que o sol mal atenua e eu enrolo-me, aqui,  sobre mim própria, incapaz de uma fuga.

O tempo mergulha num sono sem sonhos, enreda-se nas raízes tenazes do inverno, sufoca em águas turvas de dúvidas e tormentos. 

O tempo tem uma cor que não se diz, um cheiro que lhe falta, um toque de arrepio.

O tempo sabe que se pode salvar ainda. Eu com ele, também. Bastará uma fala, um dizer, um ouvir. Bastará uma palavra breve. Reinventada.

9 comentários:

  1. se esse tempo fosse bom, ninguém o tratava por mau tempo...
    (mas o teu texto, esse é pra lá de bom...)

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  2. sendo tempo de fim de semana, que o mesmo seja agradável.
    bom sábado, Luísa.

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  3. Luíza, precisamos de frio para que os insetos não se desenvolvam e comam as sementes !
    abraço
    Angela

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  4. Um texto que respira poesia.
    E a foto?-- Tão bela que faz esquecer o frio e o tempo invernoso que tanto custa a passar.
    Que recuperes rápido, Luísa.

    Beijinhos

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  5. Saudades do calorzinho, Luísa...

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  6. Num tempo friorento ... a escrita aquece o momento!!!
    Bom domingo Luísa!

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  7. !!! ... Luisa, duas coisas (principalmente) :
    O que escreves é pura poesia ;
    A foto, está do outro mundo !

    Espero que te vás sentindo melhor do entorse, que já te possas ir movimentando melhor, mesmo que ainda não para correr e saltar ! :)

    Beijinhos no "dói dói" !

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  8. O que dizer? Um post que é uma verdadeira obra de arte!!!!
    Espectacular!!!! Adorei tudo!
    Beijinhos
    Ana

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