sábado, 18 de março de 2017

Busca

Procurei em todas as gavetas, abri todas as caixas, espreitei em todas as bolsas, passei a mão por detrás dos montes de camisolas, meti a mão em todas as algibeiras, desdobrei as meias, afastei os frascos de perfume, despejei as carteiras, abri os guarda-joias, levantei as almofadas, afastei as cortinas, revolvi a pilha de revistas, espalhei os papéis, folheei os livros, remexi nas arcas, sacudi os cadernos, procurei por toda a casa e não houve meio de encontrar as palavras que queria usar hoje.


19 comentários:

  1. Lol!!!
    Encontraste e foram bem escolhidas pois fui ficando cada vez mais curiosa para saber se tinha encontrado o que procuravas.
    bjs

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  2. Pensei que estivesses em busca de mais passeios. Tenho pensado o dia inteiro que hoje é domingo...
    :)

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  3. Mas as palavras que usou também não estão mal.

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  4. Gostei das que usaste!

    Bom domingo e as melhoras.

    Beijinho com carinho

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  5. Bem, sua busca me fez viajar mentalmente por suas buscas... Gratificante foi tal viagem!
    Abraço.

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  6. Alguém as engoliu mas as que foram usadas também são simpáticas como todas as que aqui ficam expressas. Um bom domingo Luisa, sem procuras vãs.

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  7. É próprio delas.
    Fogem, escondem-se, fazem-nos correr num desespero. Quando pensamos estar quase, quase a encontrá-las, mais um salto e, ei-las, divertidas a rirem de nós, num jogo do "rato e do gato". E ganham-nos, as malandras! E deixam-nos, sem jeito e sem graça.
    Umas ingratas, elas. Não sabem ser o "sal" que dá sabor, ignoram ser o "doce" que apazigua.

    Bom Domingo.

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  8. Por vezes parece que a folha da branca do word se ri na nossa cara...

    Um beijo

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  9. Também eu não encontro palavras para comentar este belo texto.

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  10. Estou tão 'despida' de palavras que até vou fazer minhas as da Teresa (ematejoca).

    ;)

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  11. Papoila,
    Há dias em que as maganas se escondem bem escondidas. :)

    GM,
    Nunca encontro exatamente as que quero. :)

    Catarina,
    Também andei a vasculhar ficheiros antigos, sim, para o passeio de domingo que ainda só faço virtualmente. :)

    Bea,
    Foi o que se arranjou… :) Obrigada.

    Adélia,
    Obrigada e um bom domingo para ti também. :)

    Célia,
    Se a viagem foi agradável, então fico contente. Obrigada. :)

    Benó,
    Humildes palavras, apenas. Um bom domingo para si também. :)

    GL,
    Há dias em que travamos verdadeiras lutas com elas, sem dúvida. :)

    Lynce,
    Tantas vezes! As folhas brancas do Word são terríveis. Nem dá para as amarrotarmos e deitar fora com fervor de raiva. :)

    Ematejoca,
    Não é assim tão belo, mas agradeço o adjetivo. :)

    Janita,
    Despida? Hum… Não me parece. Tens sempre uma palavra certa na ponta dos dedos. :)

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  12. E no entanto... surgiram umas quantas aqui...
    Magia assim... até me deixa sem palavras!... :-)
    Adorei o texto!
    Beijinho
    Ana

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  13. Tenho para ti a mesma resposta que se dá quando alguém procura em todo o lado, como tu fizeste, pela felicidade: procuraste tanto mas esqueceste de procurar no sítio mais importante: dentro de ti.

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  14. Ora! Apareceram-te nas mãos sem dares conta, e disseram o que querias dizer :) e tão bem...

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  15. Ana,
    Se eu fizesse magia é que era... Mas estas palavritas, coitadas, não têm qualquer segredo. :)

    Briseis,
    Às vezes até procuro, mas há dias em que estou absolutamente vazia.

    Olvido,
    Mas eu gostava era de dizer melhor... :)

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  16. A Luisa é uma artista dos pequenos textos. O parágrafo parece ser a sua especialidade. Também é verdade que este género literário que aqui inventou se adequa bem a um blog, pois na net ninguém tem pachorra para ler grandes ensaios.

    Um abraço

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  17. LuisY
    Extrema bondade sua atribuir-me rótulo de artista e inventora. Escrever curto pode, no entanto, denunciar a minha incapacidade para mais.

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  18. Há quem escreva romances de 1.500 páginas e que são uma chumbada e que poderiam ser resumidos para 300 páginas. Estou-me a recordar daquele livro da Maria Teresa Horta sobre a Marquesa da Lorna. Se a sua arte são os parágrafos, ou as minicrónicas, porque não assumir o género?

    Em qualquer dos casos os seus pequenos textos são uma leitura agradável e muitas vezes com remates inesperados.

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