segunda-feira, 4 de junho de 2012

O oito e o oitenta


Mal eu tinha posto o pé dentro da loja e já uma das meninas me abordava perguntando-me se eu queria ajuda. Sorri-lhe, disse que não, que queria só ver.
A sapataria não era grande mas mesmo assim antes de eu conseguir percorrer metade dos expositores já a segunda menina vinha junto de mim oferecer-me também ela os seus préstimos. Voltei a responder que não e já me começava a sentir incomodada pois pela dimensão da loja e não estando lá mais nenhum cliente era óbvio que também ela tinha ouvido a minha primeira resposta. 
Não contente com isto, passados alguns instantes a primeira volta à carga. Tudo isto se passa em cerca de um ou dois minutos. Com os nervos a ficar em franjas, desisto de ver os modelitos de sapatos e dirijo-me para a saída. Já quase estou fora da loja e ainda a segunda empregada me lança: então, não viu nada que gostasse? 
Já nem sei se lhe respondi alguma coisa. Há lojas em que desesperamos pela ajuda de um empregado. Outras em que tanta ajuda nos faz fugirmos a sete pés. Ufa!

6 comentários:

  1. Já me aconteceu inúmeras vezes. E me irrita igualmente.

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  2. Preparava-me para comentar que há outras lojas em que entramos e ninguém nos liga nenhuma, mas a Luísa adiantou-se :-)))

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  3. Essas meninas talvez tenham comissão no que vendem. Estavam desesperadas. Mas que é irritante, é.

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  4. Também detesto ter a sensação de que as empregadas "andam coladas" a mim e eu teria saído porta fora do mesmo modo... mas fico irritada quando entro numa loja e as empregadas nem bom dia são capazes de dizer... mas isto talvez seja mania minha, que aprendi quando trabalhei numa loja de roupa e era política da empresa cumprimentar todos os clientes que entrassem.

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  5. É como dizes ... nem oito, nem oitenta!
    Há gente que não tem mesmo a noção da circunstância, nem de quando está a mais!

    Beijinhos,

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