Entretanto, o pássaro azul, de
papo cheio, saltitava de prateleira em prateleira, por uma das galerias que se desenhava
frente ao rei e este, deixando o velho cego a falar sozinho no vestíbulo,
resolveu seguir o percurso que a ave empreendera, confiante que ela haveria de o
conduzir a uma saída. Um pássaro, pensava o rei, não fazia sentido senão livre,
voando a céu aberto. Nesta certeza,
acompanhou a ave que seguia por intermináveis corredores de estantes, repletas
de livros, umas iguais às outras, ao ponto do rei achar que caminhava em círculo,
passando uma e outra vez pelo mesmo local. O rei já estava em perfeito
desespero quando o pássaro pousou numa prateleira, junto a um livro de grandes
dimensões, com capa de couro velho e título gravado a ouro. “O homem das quatro
vidas” leu o rei, enquanto o pássaro vocalizava repetidamente “tagik, tgik, tagik,
tgit, tagik”. O rei retirou o livro da estante, abriu-o sobre uma mesa de
leitura que se encontrava à sua direita e ao virar a primeira página…
Fascículo 6
E mais aqui.
E, a não perder, o final da história (ou o principio de mil e uma outras) aqui.
Fascículo 6
E mais aqui.
E, a não perder, o final da história (ou o principio de mil e uma outras) aqui.
Céus! Será que o rei conseguirá sair da biblioteca?
ResponderEliminar:))
Onde continua?
Eliminar:)
Já tinha visto noutro blogue.
ResponderEliminarEstá bestial.
Cuca,
ResponderEliminarSerá, até, que ele vai querer sair da biblioteca? Será, até, que ele descobre nunca ter saído de lá? ... :))
Pedro,
Gosto muito destas coisas assim, esquisitas (quase cadavre-exquis).
Conta corrente,
Provavelmente no sítio de quem o quiser fazer. :)
Conta corrente,
ResponderEliminaratualizo: acabei de ver o fascículo seguinte no blogue A vez de Maria http://amariasoueu.blogspot.pt/
A biblioteca é o universo, diz o velho cego. Talvez seja um vórtice de onde nunca escapamos verdadeiramente. (E o que eu já procurei em tempos por esse mesmo livro de capa de couro velho e título gravado a ouro?).
ResponderEliminarxilre,
ResponderEliminarNão escapamos mesmo. Até aqui, nos blogues, vamos girando, girando, envoltos em ficções infindas e sugados por esse poder de atração insuperável do vórtice.
...vou esperar pelo fascículo seguinte.O homem tinha quatro vidas, os fascículos são quatro...
ResponderEliminarVou já para o seguinte :)
ResponderEliminarBea,
ResponderEliminarOs fascículos são mais do que quatro. É segui-los. :)
Gaja Maria,
Força, que é excelente!
Muito bom Luisa.
ResponderEliminarO livro com o título gravado a ouro terá de ser actualizado até ao homem das mil e umas vidas. :)
estou viciado... agora quero saber como acaba, nem sei se vou conseguir pregar os olhos e dormir :)
ResponderEliminarmuito bom, gosto pra lá de tanto
Como assim queres saber como acaba? Acaba como tu quiseres que acabe? :)
EliminarQue nó cego é esta história.
ResponderEliminarBFS, tenho de ir pensar na vida.
Boa tarde Luisa,
ResponderEliminarUma historia muito interessante.
Gosto da sua escrita envolta em suspense.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
bea,
ResponderEliminarPrecisamos de histórias, com ou sem nó. :)
Ailime,
Melhor ainda são as que pode ler seguindo os links...
Impontual,
ResponderEliminarO Manel Mau-Tempo encarregou-se disso. :)
Manel Mau-Tempo,
Tu é que lhe deste um jeito e tanto. :))