Não, ela não esquecia, porque não é possível esquecer. As pessoas que
nos morrem nas mãos, as pessoas que enterramos em aguda dor, as pessoas que
passamos a escrever entre duas datas, as pessoas com quem nos habituamos a
conversar sem resposta, a procurar nos cheiros e nos objectos que deixaram, as
pessoas que nos habitam as molduras e as paredes do coração, que continuam a
viver alimentadas pelo nosso sangue e a respirar o nosso ar, não se esquecem.
O primeiro livro publicado pela autora do blog Uma Rapariga Simples teve hoje apresentação pública. Eu, que já a lia, fui ouvi-la falar sobre
a forma como surgiu a história desta novela e perceber como a escrita pode exorcizar
uma perda.
Parece ser interessante.
ResponderEliminarPor vezs as tristezas dão grandes obras!
Bjs
Tenho o livro, mas ainda não o li...
ResponderEliminarE eu gostei tanto, Luísa, de te ver lá.
ResponderEliminarQue surpresa tão boa. :)
Exorcizar perdas não é tarefa fácil...
ResponderEliminarNunca li nada dela a não ser este teu excerto. Que adorei (e me deixou um nó na garganta - passei já por muitas dessas situações.)
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