sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pedras


Conforta-me o silêncio das pedras
lisas
arredondadas
polidas
pelo tempo
e pelas águas.


Perfeitas
moldadas à vontade dos elementos
submissas
torneadas a capricho
das ondas alterosas.


Conforta-me o silêncio das pedras
resgatadas às marés e hoje
adormecidas
na sua casa de vidro.

7 comentários:

  1. Olhei para as pedras por outra vertente devido ao teu poema.
    Fiz coleção de calhaus um dia... um dia já muito distante. Escolhia os mais redondos e não muito grandes para melhor poder jogar ao calhau. Lembras-te do jogo?

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  2. Catarina,
    Não tenho a certeza se joguei ao calhau. Será que é um jogo com cinco pedrinhas que atirávamos ao ar e voltávamos a apanhar com a mão? Esse jogo de destreza, lembro-me dele pelo nome que tinha em francês já que foi em França que passei grande parte da minha infância. Era o jogo dos "osselets", pequenos ossos, porque essas pedrinhas que se compravam tinham a forma de ossos. Fui ver a tradução na página da wikipédia e é referido como o jogo da bugalha. Não sei se é a mesma coisa.

    Torquato,
    Muito obrigada!

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  3. Também gosto do som das pedras(inhas)quando agitadas pelo vai e vem das águas, na praia...
    Rog

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  4. Sim, Luisa, é esse mesmo. Não o conhecia como jogo da bugalha. Há dias um colega meu mostrou-me os calhaus que tinha adquirido para ensinar aos filhos este jogo. E lá esteve a mostrar a sua destreza. Eu, não querendo ficar atrás, também quis exibir a minha habilidade. E assim passaram dois adultos uns quantos minutos a jogar ao jogo do calhau, perante o olhor curioso de outros dois colegas que se aproximaram! Acredita que foi bom recordar.

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  5. Já fui coleccionador destes seixos que fui recolhendo peos litorais do mundo, por onde fui deixando um bocado de mim.
    Boa semana

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