sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A história do porquinho-da-índia


Alguns dos meus livros de infância passaram a morar, há alguns anos, na estante do quarto da minha filha. Estão lá, devidamente arrumadinhos, os meus livros dos Cinco, numa edição da época em que apresentavam as capas com desenhos e não com fotografias como já por aí vi.

Hoje, numa visita à dita estante, para ver se algum dos volumes que lá estão, quereria acompanhar-me até à minha mesa-de-cabeceira, descobri um pequeno livro de que já não me lembrava: “Gulliver Guinea-Pig’s mystery trip”.

É uma história infantil que me foi oferecida, em 1974, pela Helen, a minha correspondente de língua inglesa de então. Nessa época, era habitual, na escola que eu frequentava, fomentarem-se estes intercâmbios linguísticos. Era no tempo em que eu escrevia cartas à mão, brincava com a Barbie, fazia ballet e não imaginava o que pudesse ser um computador, menos ainda o que seria o correio electrónico.

A Helen, de quem ainda guardo uma fotografia na caixa das recordações, autografou-me o livrinho em francês, língua que, por seu lado, estudava, sendo eu, para o efeito, a sua correspondente.

Entretanto, a minha filha, por certo quando aprendeu a escrever, fez-me o favor de espalhar o desenho do seu nome em várias páginas do livro. Marcas de posse indeléveis que fazem de cada livro um livro único.

Gosto destes pequenos detalhes.

Gosto de recuperar objectos esquecidos e rever-me neles.

Acho que não me deito hoje sem ler a aventura do pequeno porquinho-da-índia.

4 comentários:

  1. É sempre agradável recordar fases felizes da nossa vida. E os livros infantis e os do início da adolecência estão, invariavelmente, associados a épocas felizes.

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  2. O porquinho tem um ar de bondade enquanto puxa a cazinha e a leva, pedalando o caminho.

    Gosta dos pequenos detalhes e rever-se neles...

    Estas memórias boas, são um bálsamo no alvoroço do mundo.

    Um bom dia,

    Maria luísa

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  3. Quando fiz o exame de admissão ao liceu- era obrigatório para quem queria continuar a estudar- A minha professora ofereceu-me um livro da Enid Blyton " Os cinco na ilha dfo Tesouro" Que li e reli até à destruição total, primeiro da capa e mais tarde da totalidade das folhas. Posteriormente li todos os livros da série e há cerca de 5 anos encontrei uma edição deste livro numa livraria aqui da zona. Claro que o comprei imediatamente. Está religiosamente guardado na minha estante, em lugar de destaque.

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  4. Lembro-me muito bem dos livros dos cinco e dos sete que são da mesma autora... tempos em que os livros preenchiam muito do nosso tempo... agora é mais difícil pôr os miúdos a ler... vieram os computadores, as consolas com jogos,... são outros tempos... difíceis de comparar...
    Mas ainda guardo com carinho muitos livros, uma boa maneira de voltar atrás no tempo...

    Bjos

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