Estamos sempre a aprender, não é assim? Pois eu, com alguma idade que já tenho, só bem recentemente descobri que o açúcar não tem prazo de validade.
Aí por altura das festas, quando a azáfama à volta dos doces estava ao rubro, o meu pai, que não gasta açúcar, apareceu-me com um pacote que, dizia ele, lá tinha em casa desde o tempo em que a minha mãe ainda era viva. Ora essa... então com mais de dez anos enfiado na despensa o dito açúcar já devia estar capaz era de ir para o lixo, pensei eu. Vá de virar e revirar o pacote à procura de uma data de validade. É que, por certo, o meu pai devia estar equivocado e devia ter sido ele, por qualquer razão, a comprar aquele açúcar. Mas não, nenhuma indicação de "consumir até", nem de "consumir de preferência antes de". Nada.
Por curiosidade procurei um dos pacotes de açúcar da minha despensa, por sinal um da mesma marca, e procedi a mais uma minuciosa inspecção. Nesse pacote, sim, havia uma indicação: "validade ilimitada". Pois é.... como é que eu nunca tinha reparado neste pormenor? Assim, o quilo de açúcar "vintage" que o meu pai me entregou naquele dia foi utilizado para fazer um delicioso doce de abóbora, que vou gastando ao pequeno almoço com uns pedaços de queijo de cabra fresco atabafado. Uma delícia que agora me faz sempre lembrar da longa vida do açúcar.
Hummm.... Sempre pensei que o único alimento que nunca se estraga era o mel. Lá diz o velho ditado: “Vivendo e aprendendo”!
ResponderEliminarTambém nunca tinha reparado!
ResponderEliminarRog
Aprender até morrer e ... morrer sem saber!
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