De manhã,
quando abri as janelas da sala, atravessavam o céu umas dez ou doze gaivotas. Passavam alto e tive de olhar atentamente para
perceber que eram mesmo gaivotas. Bem sei que em voo de pássaro a distância
encurta mas o mar ainda está a alguns quilómetros e não é assim tão frequente
elas se aventurarem até aqui. Fiquei parada a vê-las planar. Foi certamente o vento
que as trouxe. Tão forte tem soprado, o vento. Tão forte, o dia todo. Trouxe-me
gaivotas pela manhã e eu esperava que me trouxesse as palavras certas pela tarde.
Enganei-me. O que ele fez foi levar as gaivotas de volta para o mar e percebo agora
que no seu dorso voaram também as palavras.
Maroto do vento!
ResponderEliminar: )
Nem todas as palavras voaram... algumas ficaram por aqui... e ficaram muito bem!
ResponderEliminarBeijinhos
Ana
O vento é muito inquietante pelo menos para mim!
ResponderEliminarDetesto vendavais porque fico enervada.
Gaivotas em terra e vendaval...estiveste mal acompanhada.
Que a semana seja boa e com as respostas que precisas.
bjs
gaivotas em terras, tempestade no mar...não terá sido o caso, pois deu serenidade suficiente para o registo.
ResponderEliminarboa noite, Luísa.
um beijinho,
Mia
Por aqui, há dias comentavam que já se notam muitos pássaros, apesar de ainda faltar para a primavera.
ResponderEliminarDiscordo... as palavras estão todas aí...
ResponderEliminar(adoro ver as gaivotas!)
Deixaram-te algumas. Ainda bem :)
ResponderEliminarNão gosto de gaivotas... Trabalhei 7 anos de frente para uma praia cheia delas. Lamento, enjoei.
ResponderEliminarAgora, confesso, gostei como se enquadrou todo o texto.
A verdade, é que mesmo com ventos fortes, a alegria da escrita não voou para longe dessas teclas. Ainda bem.
Aqui, em Lagos, o que não são gaivotas.
ResponderEliminarFazem os ninhos nos telhados e passeiam-se pelas ruas como se estivessem na praia...
Saudações poéticas!
Gostei do texto, Luisa, mas não acredito que tenham ido para o mar...
ResponderEliminarO temporal continua...
Bj ~~~~~~~~~
Lembra-se da canção da gaivota?
ResponderEliminarConhece a variação?
Uma gaivota, voava, voava.
Fdp nunca mais parava!! :))))
Bela metáfora... excelente criatividade!
ResponderEliminarAbraço.
Talvez as gaivotas voem de verdade por nós ao rés do mar. Lá. Onde pertencem. Coordenadas de mistérios aquosos que fogem à nossa natureza e os olhos lembram.
ResponderEliminarAnseios e liberdades estivais que em nós carregam esses seres de todo o ano.
Gostei tanto do texto.. mas as palavras não voaram, estão bem dentro do coração! =)
ResponderEliminarBeijinhos
Adorei o texto, as palavras ficaram e que bem me soube lê-las!
ResponderEliminarBeijinhos
será que as palavras se agarram ao pescoço das gaivotas ou vão só ali a pairar?
ResponderEliminarCatarina,
ResponderEliminarÉ mesmo!
Ana Freire,
Pois, mas as melhores foram.
Papoila,
Gosto do vento q.b, daquele que não exagera. Quando abusa, também me assusta.
Mia,
Pensei nisso, sim. Imagino que o mar estava bravo.
Isabel,
Eu que o diga, que aqui assisto diariamente aos seus concertos. Até as andorinhas já andam por cá. Mas as gaivotas são de todas as
estações.
Graça,
Estão as poucas e pobres que consegui segurar.
GM,
Poucas e debilitadas.
Conta corrente,
Compreendo que o que é demais enjoa. Quanto às teclas, digamos que vão tentando resistir.
Vieira Calado,
Assim é nas cidades à beira-mar.
Majo,
Embora o vento continue a soprar forte, o dia de hoje está ameno. Acredito que já estejam por lá.
Pedro,
Lembro sim. A variação também se pode aplicar, sobretudo se nos fartamos de as ver.
Célia,
Obrigada!
Bea,
Sim. Elas podem nos fazer sonhar com outras paisagens, outras estações.
Chic’Ana,
Fico feliz por gostares. Umas voam, outras sempre vão ficando.
Manu,
Ainda bem que estas poucas conseguiram não ser totalmente insossas, então. Obrigada.
Laura,
Boa pergunta. Talvez uma e outra coisa, conforme o feitio e a força de cada uma.
"gaivotas em terra..."
ResponderEliminare o vento tudo leva!
... até as palavras!
Manuel Veiga,
ResponderEliminarÉ uma possível adaptação do ditado popular.
Amanhecendo, janelas abertas, gaivotas e olhares poéticos.
ResponderEliminarA gaivota é das aves que eu mais gosto.
Gosto das gaivotas e elas visitam-me o relvado quando de vez em quando lhes ofereço bocados de pão. Não gosto das borradelas que deixam sobre a roupa estendida. Mas não há bela sem senão.
ResponderEliminarMaria Glória,
ResponderEliminarNão digo que as gaivota estejam entre as minhas aves preferidas, mas gosto de as ver planar.
Benó,
Essa parte das borradelas é péssima. Tenho um problema semelhante aqui, mas é com os pardais que todos os anos ( e praticamente já ao longo de todo o ano) resolvem fazer ninho num telheiro que tenho aqui no pátio.
Bom final de semana querida, com muito beijinhos!
ResponderEliminarPor cá, Braga, as gaivotas vêm constantemente à procura de comida e isso já acontece há cerca de 2 anos , que me lembre.
ResponderEliminarAchei estranho, mas percebi que tornou-se frequente.
Mas as gaivotas não levaram as suas palavras.
Deixaram-nas aqui para que nós as lêssemos.
Beijinho
Maria (cantinhodacasa),
ResponderEliminarA gaivota é uma ave um tanto sem vergonha. :)
Essa escrita anda em maré alta. Gostei, gostei mesmo!
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