É sempre a mesma coisa. É. Não impede, porém, que todos os
anos, no começo do verão, me sinta como se visse o mar pela primeira vez. Esta
manhã fui à praia, aquela que mais vezes frequento, que os meus olhos já
decoraram mas que não deixa de me deslumbrar. Encanto-me de novo com as cores
vibrantes das falésias, com os azuis cambiantes do céu e do mar, com o brilho
das águas sob os raios de sol, com a areia molhada feita espelho, com as
gaivotas empoleiradas nos cumes, com as rochas esculpidas pelas marés, com os
risos das crianças que brincam, com o murmúrio das ondas, com o cheiro do
protetor solar, com o pregão das bolas de Berlim, com o colorido dos toldos, com
as pegadas de vida efémera, com os pequenos seixos que rolam, com uma concha
partida, com o verde dos pinheiros, com a brisa que me refresca.
Eu sou daqui, da beira-mar, mas há sempre um momento em que
me surpreendo com estas praias, como se fosse visita, como se tudo à minha
volta fosse absoluta novidade.
Então, imagina nós que somos viajantes e vemos a praia , o mar e as flores, pelos teus olhos, Luísa!
ResponderEliminarUm dia nunca é igual ao outro, nem na luminosidade nem na obscuridade.
Todos os dias...tudo é novo aos nossos olhos...:)
É muito bom se o mundo ainda nos surpreende. Sinal que não passamos alheios às coisas.
ResponderEliminarAcontece-me o mesmo com (a minha) Lisboa....
ResponderEliminarAcontece-me o mesmo, quando passo o Verão na Ericeira...
ResponderEliminarBjs
Ana
Belo texto que subscrevo .
ResponderEliminarO sítio pode ser o mesmo mas, cada dia é diferente um do outro.
Quem mora perto do mar todos os dias se apresentam diferentes. As cores, as pedras, o areal. Sei do que falas e adoro aas fotos.
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