Indiferentes ao calor, à crise, aos mercados, às agências de rating, ao feriado da República, ao cão que passa ao lado, aos pássaros em algazarra, aos grilos que ainda cantam de noite, ao vento e à poeira que leva, às vozes dos donos da casa e às das vizinhas tagarelas, estão cinco pedras no poial. Não sabem porque lá estão nem se lembram desde quando. Nem sequer pensarão. Não têm serventia. Não incomodam ninguém. E já ninguém as vê ali. Indiferentes são. Indiferentes estão.
Querida Luisa, e são bem lindas as tuas pedras, tal como as tuas palavras! Parecem seixos. :)
ResponderEliminarSe fossem só as pedras a permanecerem indiferentes... ;)
ResponderEliminarBeijocas!
Desta vez, sou obrigada a discordar de algumas das tuas palavras. "Não têm serventia"?! Então não serviram de pretexto para mais uma bela foto e um belo texto? E "ninguém as vê ali" mas vê aqui! E... sim, concordo que "serão indiferentes" mas tu não lhes foste indiferente. E eu também não. Gosto delas e de como lhes deste uma nova vida...
ResponderEliminarRog
Cinco pedras no poial... tu tens uma casa de poial??? Eu adoro e tenho saudades dos tempos que na casa dos meus avós haviam poiais! Já pensei em refazê-los!
ResponderEliminarTurista,
ResponderEliminarObrigada :)
Teté,
É bem verdade.
Rog,
Por vezes até umas pedras indiferentes nos podem servir de consolo para as indiferenças do quotidiano :)
Naná,
Ainda há por aqui alguma coisa, sim :)