terça-feira, 25 de outubro de 2011

A colcha de croché

No quarto em que tinham a máquina de costura, encostada à parede estava uma cama coberta com uma colcha de croché. Era uma colcha de lã composta de rosetas das mais variadas cores e ligadas entre si pelo preto que rematava cada uma delas. Restos de lã azul, rosa, amarela, branca, verde, vermelha, castanha, laranja, foram reunidos pacientemente em fiadas de pauzinhos de croché que formaram cada roseta e cada tira de rosetas pregadas umas às outras até cobrirem por completo a pequena cama que estava encostada à parede no quarto da costura. Nela me sentei muitas vezes observando o trabalho das primas que talhavam e cosiam saias, calças e vestidos. Nela me sentava e para me entreter aprendia a chulear e a casear, brincando às moças crescidas. Era bonita a colcha de lã. Simples. Garrida. Alegre. Tinha o toque hippie da época.
Não sei porque me lembrei hoje daquela colcha de rosetas coloridas. Fiquei com vontade de ter uma. Mas faltam-me as sobras coloridas de novelos de lã, falta-me coragem para a empreitada e já passei da idade para brincar às moças crescidas.





Amostra a partir de imagem daqui

13 comentários:

  1. Ah, que giro! Lembro-me bem destas colchas, existia uma quase em cada casa, para aproveitar os restos de lãs de camisolas tricotadas em casa... :)

    Nunca tive nenhuma! Coser, tricotar ou fazer croché nunca foi atividade que me cativasse... :D

    Beijocas!

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  2. Querida Luisa, colcha, nunca tive. Mas lembra-me fazer umas almofadas com estas rosetas!
    Como éramos prendadas... :)

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  3. Eu não sei fazer crochet senão ajudava-a :)

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  4. Lembrome tão bem destas colchas. Muito bonito o texto

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  5. As nossas memórias são sempre uma caixinha de recordações :)
    Deixo-te aqui este blog desta mãe inglesa com 3 criança pequenas, faz coisas tão giras que já me entusiasmei e estou a fazer umas rosetas que uma já serviu para um porta chaves as outras estão à espera de mais para uma mantinha :))

    http://attic24.typepad.com/weblog/

    é uma maravilha...o croché pode ser "fashion" loool

    Beijinho

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  6. Teté,
    A costura nunca foi o meu forte mas para o croché e o tricot até que tenho algum jeito. Ou pelo menos tinha. Com sete anos cheguei a fazer um poncho para mim... daqueles de enfiar pela cabeça. era rosa e branco. :)

    Manuela,Turista
    Se éramos prendadas! Em determinada época faziam-se muito aquelas colchas de renda... pois tenho uma no baú, feita por mim, a que só falta terminar as pontas. É a minha obra inacabada... :) Talvez um dia volte a ela...:)

    Vítor,
    Que pena... mas nunca é tarde para aprender :)

    Filipa, George Sand
    Grata :)

    Violeta,
    Bem giro o blogue sugerido... obrigada!

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  7. Que gargalhada dei com o comentário do Vitor! Ahahah!
    Tiveram a sua época essas colchas de croché. Nunca vi nenhuma na casa dos meus pais. Vi, sim, uma manta de retalhos (há tanto tempo que não usava este termo – o que tu me fazes recordar...) que servia para tapar qualquer coisa não me recordo o quê. Perguntar agora à minha mãe nem vale a pena. Não saberia do que estaria a falar, pobre mãe!

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  8. Catarina,
    Pois é... as mantas de retalhos :) Ainda lá tenho uma em casa.

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  9. Em casa da minha avó também havia uma, que tive que deitar fora, porque estava toda comida das traças. Foi com pena que o fiz!
    E sabes, Luísa, nunca é tarde para estas coisas de moças crescidas.
    Eu estive mais de 20 anos sem crochetar e agora deu-me para isso e já tenho um projecto para uma destas mantas, mas para bebé!

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  10. Luísa, já disse e repito - pega na agulha e mostra o que vales :-)
    (Uma mulher nunc'aguincha!)

    Eu adoro esse blog da inglesa, sigo-o atentamente, aquela casa cheia de cor encanta-me!

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  11. Naná,
    Costumo ter rasgos de entusiasmo para começar algumas coisas mas esmoreço depressa. A última vez que consgui levar ua cabo um trabalho foi um pequeno xaile de rosetas para a minha filha, há cerca de cinco anos atrás...

    Sofia,
    O meu mal também é a preguiça ... :))

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  12. Também já fui prendada nessas artes. E acho que não se pode dizer que seja preguiçosa. Aliás, além de gostar de fazer esse tipo de trabalhos manuais, acho-os bastante relaxantes, terapêuticos, até. Mas...
    São dois mas:
    1º: o dia só tem 24 horas!
    2º: onde colocar mais tralha?
    Rog

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  13. Rog,
    Relaxantes e terapêuticos... sim... "ma non troppo". É que da última vez que realizei um trabalho mais demorado, o meu pulso e o o meu cotovelo bem que se queixaram :))

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