Nunca tive muita capacidade para fixar o nome das pessoas mas a verdade é que tenho ido de mal a pior e a dificuldade para me recordar de como se chama aquela mulher que conheci há dois dias atrás ou do colega da faculdade que tinha imensa piada tem vindo sistematicamente a aumentar.
Já para não falar do incómodo que sinto sempre que abro a porta do frigorífico no preciso momento em que me esqueço do que lá vou buscar.
Depois há aquelas discussões diárias sobre aquilo que eu disse mas que contestam que eu tenha dito.
- Só chegas agora?
- Então… fui ao cabeleireiro. Bem te disse, ontem.
- Não disseste nada.
- Disse sim.
Esta questão da memória que tende a escapar-se preocupava-me cada vez mais. Foi então que no escaparate da livraria me deparei com este título: “Onde deixei os meus óculos? O como, o quando e o porquê da perda de memória” da autoria de Martha Weinman Lear, editora do New York Times Magazine.
Claro que se tornou leitura obrigatória para mim. Não porque costume andar à procura dos óculos. Sendo míope raramente os pouso em local incerto e por norma estão sobre o meu nariz. Mas fora essa questão, verifiquei que me colocava muitas daquelas a que este livro tenta responder. Nele se trata da perda normal de memória que, para que saibam, é coisa para começar a acontecer a partir dos 30 anos… Ah, pois é.
A autora entrevistou, ao longo de dois anos, os mais reputados especialistas e investigadores da matéria e também gente comum… e “esquecida”
O resultado é um livro bem-humorado que me reconfortou o espírito. Afinal acho que não padeço de Alzheimer.
Já para não falar do incómodo que sinto sempre que abro a porta do frigorífico no preciso momento em que me esqueço do que lá vou buscar.
Depois há aquelas discussões diárias sobre aquilo que eu disse mas que contestam que eu tenha dito.
- Só chegas agora?
- Então… fui ao cabeleireiro. Bem te disse, ontem.
- Não disseste nada.
- Disse sim.
Esta questão da memória que tende a escapar-se preocupava-me cada vez mais. Foi então que no escaparate da livraria me deparei com este título: “Onde deixei os meus óculos? O como, o quando e o porquê da perda de memória” da autoria de Martha Weinman Lear, editora do New York Times Magazine.
Claro que se tornou leitura obrigatória para mim. Não porque costume andar à procura dos óculos. Sendo míope raramente os pouso em local incerto e por norma estão sobre o meu nariz. Mas fora essa questão, verifiquei que me colocava muitas daquelas a que este livro tenta responder. Nele se trata da perda normal de memória que, para que saibam, é coisa para começar a acontecer a partir dos 30 anos… Ah, pois é.
A autora entrevistou, ao longo de dois anos, os mais reputados especialistas e investigadores da matéria e também gente comum… e “esquecida”
O resultado é um livro bem-humorado que me reconfortou o espírito. Afinal acho que não padeço de Alzheimer.
Quando se tem alguém muito chegado com Alzheimer, esses pensamentos ocorrem com certa frequência. O processo do envelhecimento é, normalmente, o causador dessas falhas de memória ...
ResponderEliminarMelhor continuar a fazer-se exercícios mentais...
Abraço
Sofro do mesmo.
ResponderEliminarEu aí há tempos também fazia dessas, de abrir o frigorífico e ficar especada a olhar, a tentar lembrar-me do que ia lá fazer...
ResponderEliminarMas também creio que é normal,faz parte da PDI...
Suponho que essa de ir ao frigorífico (despensa ou a outro sítio qualquer) buscar qualquer coisa e chegar lá não se lembrando do quê, acontece em todas as idades, a novos, velhos ou crianças! E também me parece que acontece a todos às vezes arrumar uma coisa num sítio qualquer, tão bem arrumada, que depois não se sabe onde está...
ResponderEliminarMas a perda de memória não é igual em toda a gente e mal de nós se em todos os casos significasse Alzheimer! Ainda há alguns meses, num reencontro de antigos colegas de liceu, percebi que alguns se lembravam do nome completo de toda a gente da turma e professores de cada disciplina, a maioria, como eu, se recordava apenas dos amigos mais próximos e alguns professores e outros tinham a cabeça tão "baralhada" que nem nomes, nem apelidos, nem brincadeiras que deram brado naqueles tempos. ;)
Vá, mas não te esqueças de ter um ótimo fim de semana! :D
Como te entendo! Talvez também procure por esse livro numa livraria próxima, pois padeço do mesmo 'mal'. Ás vezes é bom sabermos a causa das coisas e acima de tudo sabermos que não estamos tão sozinhos nelas como pensamos estar. Obrigada pela sugestão:)
ResponderEliminarBeijocas
Feliz será o que sofre de Alzeimer pois nem se lembra que é esquecido.
ResponderEliminarCatarina,
ResponderEliminarNem é preciso ter alguém muito chegado com essa doença. Ela é a doença da atualidade porque, tal como a autora deste livro explica, hoje em dia vive-se muito mais tempo... e pelos vistos não fomos feitos para esta longevidade toda. O livro é na verdade muito interessante e lê-se com muita facilidade, ajudando-nos a compreender melhor este fenómeno da perda de memória.
Por curiosidade... tanto ou mais do que exercitar a memória importa o exercício físico. Parece que desbloqueia a coisa... :)
El Matador,
...o que prova que és absolutamente normal :)
Naná,
Essa malvada pdi dá cabo de nós :))
Teté,
Precisamente. Na maioria dos casos é normal. Aquilo de que nos lembramos melhor ou de que nos esquecemos tem a ver com o tipo de memória que é acionada em cada caso... sim porque há diversos tipos de memória. Aconselho mesmo a leitura deste livrito. E claro não me vou esquecer de aproveitar o fim de semana, aliás um dos conselhos com que a autora termina o seu livro é de que não nos esqueçamos de ser felizes :)
Helga,
Procura sim. Além de divertido é tranquilizador. :)
Francisco,
De facto... mas como sofre quem dele não se esquece!
Eu também tenho esses problemas,Luísa. No entanto, se a perda de memória for selectiva ( nomes, ou nºs de telefone, por exemplo) não me parece que seja motivo de preocupação.
ResponderEliminarBom fds
Bem, Luísa, parece que o seu post despertou uma onda de confissões. Padecente do mesmo mal, também eu me junto ao animado grupo. :)
ResponderEliminarBeijo :)
Pois, a PDI é lixada. Há dias até me falaram numa nova sigla para o problema mas já me esqueci...
ResponderEliminarSim, sofro desses males todos, entre outros. Mas o mais irritante é quando no meio da conversa um nome me foge. Nessa altura, por mais que me esforce, não consigo lembrar-me. E depois, às vezes apenas alguns minutos depois, mas quando já não estou com a pessoa a quem queria dizê-lo, eis que surge! Então quando se trata de dizer nomes de filmes ou de actores, é fatal!
Portanto, não estou sozinha com o problema, é?
Mas logo logo vou esquecer-me disso e irritar-me novamente porque me esqueci onde deixei os óculos... ou a cabeça...
Rog
Carlos,
ResponderEliminarAssim é. Mas que enerva...lá isso enerva. :)
AC,
Podemos considerar que foi quase um PEA - post dos esquecidos anónimos :))