muito obrigada! deixo-te o meu querido Manoel de Barros :)
Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os restos como as boas moscas. Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática. Só uso a palavra para compor meus silêncios.
Num dia triste e nublado Estava o passarinho muito atormentado Combinara um encontro com a sua passarinha Esperou, esperou e nada Mais tarde veio a saber Que também ela estava confinada.
Serei tordo, serei eu que não sei bem quem eu sou mas belo canto apregoou na minha escala musical sou melodioso para a amada que aparece de pata quebrada pelo tiro que levou
Tentei, acredita que tentei. Porém, no Mar Menor das minhas mais belas palavras naufraguei... Nenhuma, das que conheço, tem o encanto e a beleza desse teu belo poema elaborado com o mais belo silêncio da Mãe Natureza...
Se o mundo alinhasse mais nestas trocas, estaria certamente melhor. Alinho totalmente. -- Avançarei. Não tardará. Desinquietem-se. Por ora, Apenas sou. Apenas estou. Apenas sinto.
Olá, Luísa. Sou Carla, portanto uma ela. Foi estreia sim, e sinto-me muito bem recebida. 😊 A imagem deu o mote e o desafio foi tudo. Há trocas que valem a pena.😜 Um abraço.
Deixo a minha colaboração. ....................... Estando um melro pousado Esperando companhia Olha de soslaio, para o lado Pois algo por ali acontecia . Se calhar estaria pensando Nem que fosse um pouquinho Que uma melra o estava chamando Para a ajudar a fazer o ninho . E não só porque se calhar O convite tinha outras vias Para com ela formar casal E ambos criarem as suas crias. ...................
Mas que bela imagem. Ora cá vai! "Aves são Poesia" ~~ Desorientado na sua solidão Uma ave pousada, e sozinha Olha os ramos para se abrigar Da chuva que promete voltar No seu ninho fazer destruição . Nas brumas negras sem fim Num tempo que não tem dor A linha suportando uma ave Sendo a tristeza uma entrave Mas é poesia, tal qual, assim. ~~~~ - Do sombrio se afastam as nuvens altas . Beijo, e uma excelente tarde!
O poleiro da tua solidão Desfaz os sonhos da tua liberdade Voas curto pássaro preto branco e cinzento Precisavas da mão de uma criança Para te abrir a porta da gaiola Deixar o teu coração palpitar livremente Deixar as tuas penas usufruírem de vento Deixar espreguiçar as tuas asas agora encurtadas
Fugir da solidão do teu poleiro Construir a liberdade dos teus sonhos Juntar o resto das cores para voares longo Para que a criança não te amarre na mão Para que a gaiola seja uma porta fechada na tua existência Para livremente palpitarem as tuas penas Para que o vento usufrua de mais um coração Para que finalmente encurtes as distâncias Com o distender das tuas asas
Não quero deixar de estar presente, mas poema não surgiu, até que a sua imagem me recordou algo que escrevi lá atrás no tempo, e fui procurar. Não é poema, e por isso, só o link venho deixar
Parabéns pela sua ideia e pela resposta criativa e generosa de tantos. Eu limito-me a dizer que a fotografia só por si, já é uma bela poesia para o olhar! Bom domingo...e uma boa semana!
A foto já é em si um poema.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Quanta gentileza, Elvira. :)
EliminarAbraço.
BLACKBIRD
ResponderEliminarBlackbird singing
in the dead of night
Take these broken wings
and learn to fly
All your life
You were only waiting
for this moment to arise
Blackbird fly
Blackbird fly
Into the light
of a dark black night
Sou uma fraude 😂
Roubei o poema ao Paul McCartney.
Sorry!
Boa noite de lua cheia!
🌕
Qual fraude, qual quê... Pois se está bem identificado o autor. :)
EliminarMuito obrigada Maria!
Ontem à noite, a lua cheia ficou toda envolta em nevoeiro, o que não deixou de ser encantador.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarApagou o poema. Terá sido por engano ou por arrependimento? Mas gostei da escolha.
EliminarTambém gostei!
EliminarUm grande poeta galardoado com o Nobel, e que escreveu um pequeno grande livro sobre um simpático animal em vias de extinção.
Se for eu a fazer o poema fica a perder MUITO!!!!!!!
ResponderEliminarNão acredito, Pedro. :)
EliminarNão sou grande poeta e não conte comigo para rimas, mas jamais recuso o desafio de uma foto bonita como esta:)
ResponderEliminarDesculpa, não tive tempo de te dizer.
Foi um instante
E não pude perdê-lo
Nem sempre o mago aparece.
Agora, se queres ver-me
Deixa sempre a janela aberta
Não uses cortinados nem persianas
ouve-me.
Virei ver-te
dia sim, dia não, dia sim
mesmo se o tempo estiver cinzento
mesmo se estiveres triste
Não te detenhas no meu corpo negro
agora toda eu sou azul e vento.
~CC~
Tão bonito, CC!
EliminarQue posso eu dizer senão Obrigada!
muito obrigada! deixo-te o meu querido Manoel de Barros :)
ResponderEliminarUso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
Tão bom! O que eu gosto de invencionática... :)
EliminarObrigada, ana.
Que bonito ana, e eu conheço tão pouco o Manoel de Barros, apenas alguns dispersos.
EliminarObrigada!
🌿🌼
Num dia triste e nublado
ResponderEliminarEstava o passarinho muito atormentado
Combinara um encontro com a sua passarinha
Esperou, esperou e nada
Mais tarde veio a saber
Que também ela estava confinada.
Estes tempos são terríveis, até para a passarada. :)
EliminarEstou com um sorriso de orelha a orelha, lendo o teu poema, Manu. :)
Obrigada.
Gostei um imenso do poema de Manoel de Barros contando a sua desinstalação na vida. Muito belo.
ResponderEliminarÉ mesmo, bea. Esta caixa de comentários está maravilhosa. :)
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSerei tordo, serei eu
ResponderEliminarque não sei bem quem eu sou
mas belo canto apregoou
na minha escala musical
sou melodioso para a amada
que aparece de pata quebrada
pelo tiro que levou
Oh...pobre ave, essa que um tiro levou.
EliminarObrigada, Ângela! :)
Querida Luísa.
ResponderEliminarTentei, acredita que tentei.
Porém, no Mar Menor
das minhas mais belas palavras
naufraguei...
Nenhuma, das que conheço,
tem o encanto e a beleza
desse teu belo poema
elaborado com o mais belo silêncio
da Mãe Natureza...
Um beijinho com votos de um Bom Dia. :)
Não vejo aqui naufrágio, Janita. Vejo uma bela barca deslizando suavemente sobre águas azuis e mansas.
EliminarObrigada!
Um melro de sentinela
ResponderEliminarà espera de um poema dela
mas pode continuar no fio
porque daqui nem um pio!
Foi o que se pôde arranjar!
Abraço
E, por sinal, ficaram estes versos muito bem arranjados. :)
EliminarObrigada Rosa dos Ventos.
Se o mundo alinhasse mais nestas trocas, estaria certamente melhor. Alinho totalmente.
ResponderEliminar--
Avançarei.
Não tardará. Desinquietem-se.
Por ora,
Apenas sou.
Apenas estou.
Apenas sinto.
Quando for, saberei para onde vou.
CSC, 2021.01.28
Que surpresa boa!
EliminarBem-vindo ou bem-vinda (não sei) a esta esquina e muito obrigada pelo poema.
Eu bem disse, que ia ficar a ganhar nesta troca. :)
Olá, Luísa. Sou Carla, portanto uma ela. Foi estreia sim, e sinto-me muito bem recebida. 😊 A imagem deu o mote e o desafio foi tudo. Há trocas que valem a pena.😜 Um abraço.
EliminarDeixo a minha colaboração.
ResponderEliminar.......................
Estando um melro pousado
Esperando companhia
Olha de soslaio, para o lado
Pois algo por ali acontecia
.
Se calhar estaria pensando
Nem que fosse um pouquinho
Que uma melra o estava chamando
Para a ajudar a fazer o ninho
.
E não só porque se calhar
O convite tinha outras vias
Para com ela formar casal
E ambos criarem as suas crias.
...................
Cuide-se
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Estaria o pássaro
EliminarA tratar do ninho?
Bem capaz, sim
mas não era melro.
Era um estorninho.
:) Muito obrigada Ryk@rdo!
São ambos negros, lol
EliminarCumprimentos
Mas que bela imagem. Ora cá vai!
ResponderEliminar"Aves são Poesia"
~~
Desorientado na sua solidão
Uma ave pousada, e sozinha
Olha os ramos para se abrigar
Da chuva que promete voltar
No seu ninho fazer destruição
.
Nas brumas negras sem fim
Num tempo que não tem dor
A linha suportando uma ave
Sendo a tristeza uma entrave
Mas é poesia, tal qual, assim.
~~~~
-
Do sombrio se afastam as nuvens altas
.
Beijo, e uma excelente tarde!
As aves são poesia, sim, Cidália!
EliminarMuito obrigada. :)
Em 12 de Maio de 1982 escrevi
ResponderEliminarO poleiro da tua solidão
Desfaz os sonhos da tua liberdade
Voas curto pássaro preto branco e cinzento
Precisavas da mão de uma criança
Para te abrir a porta da gaiola
Deixar o teu coração palpitar livremente
Deixar as tuas penas usufruírem de vento
Deixar espreguiçar as tuas asas agora encurtadas
Fugir da solidão do teu poleiro
Construir a liberdade dos teus sonhos
Juntar o resto das cores para voares longo
Para que a criança não te amarre na mão
Para que a gaiola seja uma porta fechada na tua existência
Para livremente palpitarem as tuas penas
Para que o vento usufrua de mais um coração
Para que finalmente encurtes as distâncias
Com o distender das tuas asas
Abraço Luísa
Obrigada, Ricardo, por partilhares aqui o teu poema.
EliminarAcredito que esse pássaro, entretanto, já terá voado para longe da solidão.
O olhar é lindo e nele o poema é descrito!!! Bj
ResponderEliminarObrigada, Gracinha!
EliminarPensei que seria um tordo Luísa,
ResponderEliminarsempre ouvi dizer que os tordos adoram azeitonas!!!
Ouvem-se chilreios nas tuas viagens.
ResponderEliminarNelas pisamos a areia, molhamos os pés e colhemos flores.
Beijo, Luísa :)
"Viagens", agora mais limitadas, Maria Eu. Quase só à volta do quintal. :)
EliminarSozinho no seu posto
ResponderEliminarolhando em redor
cantou, cantou
e espalhou amor
Alegrou o meu dia
com o seu cantar
vou ficar atenta
para o ver voltar...
Simplório e atrasado, mas aqui fica a troca.
Achei giro o desafio.
Beijinhos e bom fim-de-semana:))
Eu não digo que fiz um bom negócio... :))
EliminarObrigada, Isabel, por fazer aqui rimar as palavras.
Não sei sobre pássaros,
ResponderEliminarnão conheço a história do fogo.
Mas creio que a minha solidão deveria ter asas.
Alejandra Pizarnik
Asas. O que tantas vezes nos falta.
EliminarMuito obrigada ana p!
Não quero deixar de estar presente, mas poema não surgiu, até que a sua imagem me recordou algo que escrevi lá atrás no tempo, e fui procurar. Não é poema, e por isso, só o link venho deixar
ResponderEliminarBeijinho, bela iniciativa
POBRE AVE
E eu segui o link. Também tem poema, sim.
EliminarObrigada noname!
Parabéns pela sua ideia e pela resposta criativa e generosa de tantos.
ResponderEliminarEu limito-me a dizer que a fotografia só por si, já é uma bela poesia para o olhar!
Bom domingo...e uma boa semana!