O rapaz não me reconheceu. É certo que apareci descontextualizada.
Em trajes turísticos, com óculos de sol e chapéu de ráfia, em nada igualava a
aparência mais formal que evidencio no meu ambiente de trabalho. É certo também
que passaram vários anos desde que fui eu que o atendi e dei resposta ao que
procurava. Agora deu-se o inverso. Ele sentado do lado de lá do balcão. Se era
para visitar o monumento? Que sim. São dois euros e pergunta se quer que coloque
o filme a passar ali na pequena sala do centro de interpretação. Depois é só
passar por ali e subir a ladeira. Obrigada. Breves segundos de hesitação
enquanto decidia se me identificava ou não. Foi não. Não valia a pena. Cada vez mais me parece que vale menos a pena.
Luísa, gosto desta tua escrita... Também li o primeiro capítulo.
ResponderEliminarE olha que o tempo passa por todos; não é só por nós.
Foi a tua decisao! : )
ResponderEliminarmas esse rapaz tinha significado?
ResponderEliminardado a tua ultima frase, estás a perder fé nas pessoas?
Também não entendi. Basta que alguém não a reconheça para achar que não vale a pena não sabemos o quê, será usar corrector?! A mim me parece normal que quem a vê pouco ou não a vê há anos, não a reconheça - ainda por cima está, digamos, disfarçada e inesperada. Se fosse eu, perguntava ao rapaz se não a conhecia. Ou dizia-lhe que o conhecia a ele. Talvez ele se recordasse.
ResponderEliminarIsabel,
ResponderEliminarFico contente por gostares.
Eu sei, bem sei que passa por todos nós. :)
Catarina,
Foi,sim. Naquele momento resolvi manter-me incógnita. :)
Urso Misha,
O rapaz não tinha significado especial. Foi apenas alguém que conheci profissionalmente. E não, não estou a perder a fé nas pessoas. Talvez tenha apenas, momentaneamente, perdido a fé em mim própria. :)
Bea,
Acredito que sim. Se eu lhe tivesse dito quem eu era, certamente se lembraria. Mas nestas coisas do tempo que passa, por vezes, somos tomados de um enorme cansaço. E é só disso que se trata. :)
Luisa, está feitio, está feito mas quero te contar que ontem me aconteceu exactamente o contrário, fui ao Banco e a pessoa que me atendeu disse-me " não me está a reconhecer...estou mais velhote!" e eu olhei com mais atenção, ele sorriu e reconheci-o já não o via desde 2002, claro que estava diferente e eu não reconheci mas adorei que ele me tivesse falado porque era uma pessoa de quem tinha boas recordações e muito simpática.
ResponderEliminarÁs vezes vale apena falar...
Bjs
Luísa, acontece-me, às vezes, olhar para alguém conhecido, até quotidiano, e não ver. Se não esperar encontrar a pessoa ali, ou se estiver concentrada em alguma coisa, passo-lhe a vista em cima e não o vejo. Já fiz isso com o meu namorado num supermercado!!lol
ResponderEliminarDigo isto sem saber os pormenores do caso relatado, mas serve para mostrar que se calhar ainda vale a pena manter a esperança. =)
São os tempos de agora... uma sucessão de momentos efémeros... principalmente, na memória dos outros...
ResponderEliminarUm excelente texto... para uma opção a tomar... num dado momento...
Beijinhos
Ana
Papoila,
ResponderEliminarNão deixo de te dar razão. Provavelmente, se eu tivesse dito alguma coisa, teria sido um momento simpático. Mas todos temos dias… E não era aquele. :)
Briseis,
Ah… momentos desses também eu tenho. Por vezes estou tão distraída nos meus pensamentos que nem me apercebo que estou a cruzar-me com alguém que conheço. :)
Ana Freire,
É isso. A nossa vida é feita de momentos efémeros e de decisões que, por vezes, não se explicam. :)