quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Do tempo que passa (1)

A rapariga foi solícita. Não, disse-me ela. Para corretor de olheiras não era aquele produto. Era só um minuto que já vinha aconselhar-me. E veio logo. Pegou na amostra certa e começou a aplicar-me uma porção com os dedos ágeis e conhecedores. Veja a diferença, disse orientando-me para a zona dos espelhos.  Terríveis aqueles espelhos. Juntam-se a umas luzes potentes e mostram todos os detalhes, impiedosamente. E vi a diferença. As olheiras estavam atenuadas. E vi também outras diferenças. As diferenças do tempo, expostas ali na pele. Na pele madura. Foi assim que a rapariga disse.

7 comentários:

  1. Também já vivi essa experiência, mas vivo bem com ela. Os sinais do tempo podem ser impiedosos, é certo, mas a maturidade arrecadada sobrepõe-se e se quer saber o importante é o espírito. Este não tem idade :) Beijinhos

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  2. Mais tarde ou mais cedo somos consideradas “maduras”. Tudo é “maduro”! : ))

    Leva o seu tempo a habituarmo-nos a toda esta maturidade.

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  3. No problem em ter pele madura. Estranho era sermos maduros com pele verde:).

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  4. Pergunto-me ás vezes porque são tão terríveis alguns espelhos

    Bj

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  5. Luisa,
    A fruta madura é optima!
    Alegria, que não há outra alternativa :))
    bjs

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  6. Oh, Luísa... que bonito pensar na evolução da vida como um caminho para a "idade madura". É uma expressão que transmite serenidade e sabedoria. Há dias reparei nos sinais de "maturidade" na pele da minha mãe e comovi-me e emocionei-me. Mas que seja uma idade bonita, acarinhada...

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  7. A vida passa-nos pela pele... e enquanto isso acontecer... mesmo que não nos gostemos de ver... será sempre um bom sinal...
    E depois... todas as peles maduras, têm o seu encanto... não o a da frescura efémera da juventude... mas a beleza serena da superação... dos desafios da vida...
    Beijinhos
    Ana

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