A feira cheira a gado, a sol e a terra seca. A música
popular do programa de TV em direto enleia-se com a música da barraquinha de
comes e bebes onde se serve porco assado no espeto.
Para cá e para lá, passam
homens suados, de camisas abertas sobre o peito, crianças ruidosas comendo
farturas, mulheres de bigode com leves blusas de verão, deixando ver as alças brancas
do sutiã.
Enquanto como a sanduíche de carne de porco assado, observo
o homem de chapéu preto e camisa de xadrez. Está sentado duas mesas à frente da
minha. Segura um copo de cerveja já vazio mas insiste em escorrê-lo. Sorve-o até
à última gota. Endireita-o, olha para o fundo e enfia nele o dedo indicador,
como quem endireita uma ruga do plástico para permitir soltar algum resto de
líquido. Leva o copo de novo à boca. Agora sim, deve ser a última gota. Finalmente,
o homem pousa o copo vazio sobre a mesa e fica uns instantes a olhar para ele,
resignado.
Ah, coitado, a imperial soube-lhe a pouco... :)))
ResponderEliminarIsso é que é apreciar a cerveja :)
ResponderEliminarE eu vi essa feira :)
ResponderEliminarum beijinho e uma boa semana
Há alturas em que é a última gota que enche o copo;)
ResponderEliminarGostei do quadro que pintou ao pormenor.
Os barulhos e os cheiros da feira misturam se com intensidade numa tarde de calor.
ResponderEliminarO homem precisava dessa última gota. Talvez tenha ficado satisfeito :)
~ ~ ~
ResponderEliminar~ Eu que só gosto de cerveja doce, não percebo
como alguém pode apreciar o amargor do lúpulo!
~ ~ ~ Grata pela divertida leitura...
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Bem escrito ! As mulheres de bigode fizeram-me lembrar uma personagem do Herman José que vinha da Merdaleja !!! :))
ResponderEliminarNão é o meu passeio predileto, no entanto é interessante observar crianças ruidosas e homens rudes elas a comer o que vier e eles a beber 'ruidosamente 'kkk
ResponderEliminarSe quisermos delicadezas nao vamos as feiras rsrs
Gostei da leitura Luisa
abraço
Uma excelente descrição do arraial da aldeia!!
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