Ausente do Algarve neste fim de semana, repesquei imagens do ano passado para um passeio de domingo previamente agendado. Em Silves.
domingo, 30 de outubro de 2011
Passeio de domingo (72)
Ausente do Algarve neste fim de semana, repesquei imagens do ano passado para um passeio de domingo previamente agendado. Em Silves.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Batata-doce
terça-feira, 25 de outubro de 2011
A colcha de croché
No quarto em que tinham a máquina de costura, encostada à parede estava uma cama coberta com uma colcha de croché. Era uma colcha de lã composta de rosetas das mais variadas cores e ligadas entre si pelo preto que rematava cada uma delas. Restos de lã azul, rosa, amarela, branca, verde, vermelha, castanha, laranja, foram reunidos pacientemente em fiadas de pauzinhos de croché que formaram cada roseta e cada tira de rosetas pregadas umas às outras até cobrirem por completo a pequena cama que estava encostada à parede no quarto da costura. Nela me sentei muitas vezes observando o trabalho das primas que talhavam e cosiam saias, calças e vestidos. Nela me sentava e para me entreter aprendia a chulear e a casear, brincando às moças crescidas. Era bonita a colcha de lã. Simples. Garrida. Alegre. Tinha o toque hippie da época.
Não sei porque me lembrei hoje daquela colcha de rosetas coloridas. Fiquei com vontade de ter uma. Mas faltam-me as sobras coloridas de novelos de lã, falta-me coragem para a empreitada e já passei da idade para brincar às moças crescidas.
domingo, 23 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Maria Júlia
Maria Júlia não atendeu ao seu brado e assim, Ausenda foi entrando portão adentro. Contornou a modesta casa caiada de branco e seguiu para as traseiras onde por fim a avistou. Chegando perto percebeu que a Maria Júlia já não estava ali. Saiu em alvoroço… Ai acudam aqui!
Maria Júlia não tinha filhos e depois da morte do marido, havia pouco mais de dois anos, vivia só. Esses dois anos até os passara em acalmia depois de uma vida inteira sujeita aos impropérios que o seu homem lhe lançava a cada bebedeira. O Inácio nunca lhe batera mas arremessava-lhe dia e noite com palavras ruins. Maria Júlia encolhia-se e, em cada dia que passava, abrigava-se das mortificações do álcool com a ajuda do sol que brilhava lá fora, das flores alegres da buganvília que lhe trepava às paredes da casa e do cacarejar animado das galinhas no quintal. Nunca se lhe ouviu um queixume. Sorria às vizinhas e só o seu olhar denunciava por vezes um triste alheamento apenas percetível aos mais atentos.
Aos gritos de Ausenda acorreram os demais moradores do monte e passado algum tempo chegou a ambulância. Levaram a Maria Júlia para os procedimentos legais enquanto as vizinhas lamentavam o sucedido. Uma mulher assim… ainda tão nova.
No dia do funeral vieram as primas direitas, de Lisboa, que outros parentes vivos a Maria Júlia não tinha. Por entre as orações e a encomenda da sua alma à luz eterna, corriam em sussurro as conversas sobre as causas da morte. Ninguém sabia ao certo, mas constava que a autópsia da Maria Júlia tinha espantosamente revelado que no seu coração estavam cravadas muitas palavras. Uma lista interminável de palavras ruins.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
A sede
domingo, 16 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Tempo
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Aquelas pessoas
Estão a ver aquelas pessoas que nunca querem fazer “determinada coisa” porque não gostam, nunca gostaram, não suportam … mas quando lhes convém, nem que seja por graxa ao chefe, fazem-no com todo o deleite?
Estão a ver aquelas pessoas que quando contrariadas acusam os outros daquilo que lhes é imputado?
Estão a ver aquelas pessoas que para se afirmar perante quem manda não hesitam em denegrir quem está ao lado?
Estão a ver aquelas pessoas…?
Pois há dias em que não tenho paciência.