As duas grandes tendas, de tipo militar, estavam montadas no cimo da colina verde que se elevava por detrás do castelo. Cada uma delas tinha duas grandes filas de camas – leitos de ferro – separadas por um corredor central que ligava as duas aberturas de entrada e saída. Era aí que ficavam acomodados os mais velhos, já adolescentes. Rapazes numa tenda, raparigas noutra. Os mais novos dormiam lá em baixo, no castelo, junto às instalações onde também funcionavam o refeitório e os balneários.
Naquele mês de julho, enquanto não chegava agosto e a grande viagem rumo a Portugal, galgando os mais de2000 km no Simca 1000 cor de vinho que o meu pai conduzia dia e noite, parti em colónia de férias para a região da Dordogne, no sudoeste francês.
Gloriosos dias de diversão esperavam por mim, com caminhadas, caças ao tesouro, acampamentos junto ao rio, canoagem, festas noturnas à volta de uma fogueira e ao som das guitarras dos monitores do campo… Nestas férias de feliz independência, proporcionadas pelo município onde residia, também passei por algumas “vergonhas”.
Naquele mês de julho, enquanto não chegava agosto e a grande viagem rumo a Portugal, galgando os mais de
Gloriosos dias de diversão esperavam por mim, com caminhadas, caças ao tesouro, acampamentos junto ao rio, canoagem, festas noturnas à volta de uma fogueira e ao som das guitarras dos monitores do campo… Nestas férias de feliz independência, proporcionadas pelo município onde residia, também passei por algumas “vergonhas”.
Na efervescência da idade, a hora dos duches proporcionava quase sempre divertidos episódios. Nos balneários, tal como nas tendas, havia um lado para os rapazes e outro para as raparigas. No corredor de acesso, uma cortina separava as alas. Era uma cortina muito movimentada, sempre a correr de um lado para o outro à custa das invariáveis incursões proibidas dos rapazes na ala das raparigas. Armados em chicos espertos lá vinham eles, de fugida, espreitar as meninas que, surpreendidas sob o chuveiro, se viravam de costas e soltavam gritos, fracos arremedos de sustos. Numa dessas ocasiões, resolvi armar-me em forte. Vendo movimento junto à fronteira balneária, cheguei-me a ela embrulhada na toalha e gritando: “ Já vos vimos… vocês não têm nada… coitados…não têm nada!”, afastei violentamente a cortina. Quem a ajeitava, do lado de lá, era um dos nossos monitores, rapaz nos seus garbosos vinte anos, que também tomava o seu duche naquele momento e que ali estava, na minha frente, com as suas “vergonhas” totalmente desavergonhadas.

ehehehe deve ter sido uma situação bem constrangedora. E eles "não tinham nada" ehehehe.
ResponderEliminarConstantino,
ResponderEliminarSe foi... :))
:))
ResponderEliminarSão estas pequenas coisas que temperam as memórias. :))
Beijo :)
Ahahah, há certas alturas na vida, que se tivéssemos um buraco no chão nos enfiávamos por ele sem pensar duas vezes... Esta deve ter sido dessas! :)))
ResponderEliminarE o monitor, disse alguma coisa? :D
Beijocas!
AC,
ResponderEliminarNem sei o que faz despertar estas memórias... :)
Teté,
É mesmo! O monitor nem precisou dizer nada... lol
Ah, sua menina marota!! =)
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