Está tanto calor, hoje. Agarro no copo e encho-o de água refrigerada pela máquina ligada à corrente elétrica. Bebo e acalmo a sede. Este é um gesto banal. Bebe-se água fresca e não se pensa mais nisso. Mas se eu decidir pensar, lembro-me que não há mais de 30 anos que a eletricidade chegou aqui à terra. Mas eu bebia água fresca assim mesmo. Era água da chuva, retirada a baldes do fundo da cisterna e guardada na enfusa de barro. Assim se mantinha a água fresca.
Também ainda me lembro desses recipientes de barro, que aqui chamávamos bilhas. Não aqui em Lisboa, mas na casa da minha avó que também tinha um poço para o abastecimento de água... Outros tempos! Mas facto é que a água saía bem fresquinha da bilha... :)
ResponderEliminarBeijocas!
Enfusa é mesmo à algarvia... :)
ResponderEliminarFresquinha... mas sabia a barro... pelo menos, a que me lembro de beber em casa da minha avó :)
ResponderEliminarBjos
Que doces recordações me vêm à memória.
ResponderEliminarA minha avó aparelhava a burrinha com as cangalhas e lá íamos à fonte encher os cântaros. Depois, em casa, o meu avô arrumava-os na cozinha em cima de uma cantareira feita de pedra farinheira vermelha.
Ao lado dos cântaros, um pucaro de esmalte, por onde todos bebiam água.
Lembro-me perfeitamente.
ResponderEliminarEra fresquíssima e muito boa.
Que vontade me deu agora mesmo de beber um copo dessa água fresca!
Rog