terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A cabra



Porque olham assim para mim

Com esse ar de preconceito?

Uso brincos, e daí?

Sendo cabra, não terei esse direito?


Não percam a compostura

Ao fitar-me assim de lado

Saibam que não é loucura

Uma cabra usar brincos.

Ao menos eu me distingo

No meio do outro gado.


Olhem-se antes ao espelho

Para ver a vossa figura

E perceber que em todos

Pode haver algo diferente

Sem que isso mude a estrutura

Da massa que vos faz gente.

Publicado para a Fábrica de Letras que em Janeiro propõe o tema Preconceito.

18 comentários:

  1. Cabras? É o que mais há.

    Boa participação :)

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  2. ahah, sempre que vejo cabras, lembro-me daquela série portuguesa com o Nicolau Breyner e a Amélia Rey Colaço - "Gente fina é outra coisa..." - lembras-te? Eles tinham uma cabra na mansão! :)

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  3. Ora aqui está um poema de jeito sem preconceito ;-)
    Gostei, parabéns pela original abordagem!

    beijinhos

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  4. Obrigada a todos pelos vossos comentários :)

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  5. A cabra da foto é linda... só que são tramados estes bichos... um dia até vi uma a comer papel... fiquei impressionada... são umas valentes trituradoras lol

    Bjos

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  6. Usa brincos e enfeites de cabeça!
    Luísa, esta cabra é linda e os versos originais.


    :)

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  7. Lindo, lindo, lindo! A foto, o poema e a mensagem! Muito bem! =)

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  8. Olá, cheguei via Fábrica.

    Só para dizer que achei deveras engraçado este teu poema. Realmente, talvez por culpa do calão, a cabra tem sido alvo de preconceitos vários... e também a vaca e a porca.

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  9. Perfeito, perfeito! Meus aplausos para vossa poesia!

    Abraços renovados e parabéns pela belíssima inspiração!

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  10. cabras com brincos? que fashion! :D
    bem feito!

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