sábado, 31 de julho de 2010

A vida secreta dos objectos - O porta óculos


Sinceramente eu não consigo perceber as pessoas. Entusiasmam-se facilmente por nós, pequenos objectos, úteis ou fúteis. Descobrem-nos nas lojas e mercados e adquirem-nos como se fôssemos autênticos tesouros. À primeira vista somos mesmo o que procuravam. Ou então surpreendem-se com aquilo que podemos fazer e não tinham sequer imaginado. Acham-nos irresistíveis e não sossegam enquanto não nos levam para casa. Ao princípio somos adorados. Falo por mim que quando cheguei às mãos do G., todo embrulhado em papel de presente, fui tratado como autêntico Deus dos Gadgets. Colocado na estante em local de grande destaque, era o Ai Jesus das geringonças por ali disponíveis naquela época. Só tinham olhos para mim. Bem… melhor dizendo só tinham óculos para mim! Mas, como eu dizia há pouco, não compreendo as pessoas. Tão depressa se encantam como se desencantam. Quer dizer… não sei se elas se desencantam, só que esmorecem, sei lá. Depressa se esquecem de nós. Em pouco tempo passamos a ser só mais uma coisa, para ali pousada no meio de tantas outras coisas. Deixam de nos ver. É isso que me entristece. Logo eu, que modéstia à parte, até me considero bem giro. Sou modernaço. Não acham? Não gostam deste meu ar meio futurista? Não consigo compreender porque é que o G. já não me liga como antigamente. Mas, vejam, hoje até estou satisfeito. É que a mãe dele se lembrou mim para satisfazer uma mania que tem. Ela às vezes escreve coisas sobre os objectos e publica-as naquilo a que chamam Internet. Quem sabe… se ainda fico famoso.


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Encontro azul

Começa já no dia 1 de Agosto. É um encontro marcado para todo o mês. É um encontro azul. Gosto mesmo destas ideias comemorativas.



Imagem daqui

"Vale-me a presença do mar e só posso pensar no mar… Que grande castigo seria passar sem ele! Eu não vivo contente em sítio donde lhe não veja luzir o azul por entre as árvores… É um segundo céu mais sugestivo por certo do que o outro. A gente do sertão não tem mais do que um céu, e o mais pobrezito… A proximidade do mar é o único lenitivo possível à torreira do sol e a aragem que ele bafeja torna-se a bênção do Verão."

GOMES, Manuel Teixeira, 1860-1941 - Agosto azul. 2 ª ed. Lisboa : Seara Nova, 1930

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eu, cabeleireira...

Vi ao longe uma seara de milho.

Aquele verde todo com espigas a despontar levou-me de volta aos dias da minha infância em que eu brincava com as maçarocas, fazendo das mesmas bonecas, para lhes pentear as barbas como se eu fosse uma cabeleireira. Lembro-me que até arranjava um pequeno vaporizador onde colocava água para as borrifar e supostamente “fixar” os penteados. Era tão simples esta brincadeira e sei que me sentia tão ou mais feliz do que as meninas de hoje com as suas mais sofisticadas bonecas.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Vamos lá contrariar isto

Ao ler esta notícia fiquei a pensar porque é que não usamos mais uma coisa que custa tão pouco...

Como bem sabemos tristezas não pagam dívidas...

domingo, 25 de julho de 2010

Passeio de Domingo (9)

Ou o que poderia ter sido o meu passeio de Domingo, por trilhos da Ria Formosa, não fosse uma dor repentina que me encaminhou para a urgência, onde a paisagem nada teve a ver com esta. Nada que uma injecção não resolvesse. A caminhada fica para a próxima...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A balada dos passantes

Em cada fim de tarde, quando saio para a rua depois de um dia de trabalho, percorro quase sempre o mesmo caminho para encontrar o meu carro no mesmo lugar de estacionamento de sempre. Piso vezes sem conta as mesmas pedras da calçada, contorno os mesmos pilaretes, olho para as mesmas vitrinas, para as mesmas mesas nas esplanadas dos cafés. Cruzo-me frequentemente com os mesmos olhares dos passantes que, como eu, rotineiramente seguem os seus percursos, nos seus corpos diários vestidos ao sabor da estação. Por vezes, porém, um ou outro passante assume-se como solista desta balada e altera por instantes o seu ritmo. Há, assim, certos dias em que sou apanhada numa reviravolta de novas e bizarras sonoridades que se manifestam em contraponto a outras tantas estranhas pausas e silêncios. É primeiro o sobressalto provocado pelo cumprimento do condutor daquele carro parado enquanto atravesso na passadeira. Conhece-me e eu não me lembro? Tomou-me por outra pessoa? Ou dirige-se a alguém atrás de mim? Pouco tempo tenho para me recompor da dúvida e já duas senhoras tentam oferecer-me literatura religiosa. “É para a menina ler em casa”. A “menina” eu? Olha que bom, tratarem-me por menina. Passo adiante de sorriso aberto reflectido no interior do peito e elas guardam os papéis para outra qualquer menina que finalmente os aceite. Já sobre rodas, sigo rumo a casa e passando a rotunda, ao sair da cidade, vejo lá especado um homem que segura um cartaz. É um papelão daqueles em que se escreve o destino para onde se pretende uma boleia. O homem está ali, na beira da rotunda e no seu cartaz posso ler: “Deus é bom”.

Realmente, há dias em que as notas desta balada dos passantes me surpreendem.

terça-feira, 20 de julho de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Gosto de flores. Pronto.

As Nitendo de hoje em dia já não têm comparação com as que os meus filhos usaram há uma dezena de anos atrás. Dos antigos game boy sobram talvez aqueles jogos com bolinhas de boca aberta a comerem outras bolinhas semelhantes. Estive há dias a observar o meu afilhado e a irmã a brincarem com as suas consolas portáteis, referenciadas com a sigla DS, e realmente são outra coisa. Até têm câmara fotográfica incorporada, gravação de som e sei lá mais o quê. O meu propósito não é, no entanto, falar das Nitendo dos filhos da minha prima V. Só quero mesmo é falar da galeria de fotos que cada um deles criou na respectiva maquineta. A da menina é muito certinha com todas as fotos de família tiradas por ela, com fotos das fotos da mãe, com fotos dos peixinhos de estimação… e assim por diante. Já a do meu afilhado G., apesar de também incluir os peixinhos de estimação, mostra as fotos de família todas “trabalhadas” transformando cabeças em cogumelos e olhos e bocas em verdadeiros caleidoscópios. É um artista este meu afilhado. Mas o melhor do diaporama estava por vir. Uma série fotográfica de flores do jardim, que ele confirmou, do alto dos seus sete anos, fazendo crescer o meu sorriso: “ Sim, e daí?... Eu gosto de flores. Pronto.”

sábado, 17 de julho de 2010

Olhos de Água



Voltei outro dia à praia da minha infância e reencontrei, seguindo os passos do meu afilhado de sete anos, os mesmos recantos de água aquecida ao sol na maré vaza. Os olheiros de água doce brotando no meio das rochas mantêm o seu ritmo. As rochas, essas, estão mais gastas pelo mar e pelo tempo. O areal minguou. O casario cresceu e já nem sei da vereda por onde descia para a praia.
Há muita gente. Sim. Mas o encanto permanece.


A vida secreta dos objectos - A chaminé disfarçada


Isto de uma pessoa ser famosa tem os seus inconvenientes. Perde-se totalmente a privacidade. Por muito que desejemos passar despercebidos e gozar a vida como qualquer outro mortal, não nos conseguimos proteger dos olhares indiscretos, dos dedos indicadores e dos comentários ao ouvido. Comentários ao ouvido… nem isso. Há alguns que vão logo chamando a atenção para nós alto e bom som. “Olha ali aquela chaminé algarvia!” “Ai que gira! Aquela nem é branca nem nada….” E depois vá de sacar das máquinas fotográficas e flash…. flash… flash! E agora do lado contrário… flash…flash…flash… Que farta. Por isso, agora decidi começar a usar máscara. Disfarcei-me, pronto. Mesmo assim, ainda há quem não pare de olhar para mim. Ficam na dúvida se sou eu mesma…. E depois, não sei se é o toque de mistério que isto me dá, mas deixo-os a todos baralhados. No fundo, esta situação até está a dar-me um certo gozo. Olha… aí vem outra de máquina fotográfica em punho. Nem disfarçada me safo!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Olhares

No outro dia fui à praia e levei o meu filho com mais três amigos dele. Estacionei e saímos do carro. Eu minorca e franzina com quatro marmanjões na faixa dos 17 - 18 anos e bem acima do metro e oitenta. Passava neste instante um jovem casal. Ela foi andando e olhando para mim não conseguindo disfarçar aquele leve espanto de "será possível?"... Não senhora, não são todos meus... Sorri para dentro, lembrando-me daquela deixa do Soares, nos idos anos 80, quando encarnando a personagem de Francineide ele dizia, olhando para a pequena mulher que fazia de mãe,: "E pensar que eu saí de dentro dela!"

Mousse de limão para a festa do Figo

Oh meu Deus...! Então não é que de tão "atarefada" que tenho andado ... a ver o mar, a caminhar na areia, a observar os caranguejos que o meu afilhado se entretém a apanhar nas rochas para voltar a soltá-los rumo às poças de água... me ia passando a festa de aniversário do Figo Lampo!!!
E agora??? É já hoje! A Margarida, autora deste blog delicioso, lançou o convite, mas, assim a correr, o que é que vou fazer para levar?


Já sei... uma mousse fresquinha que se faz num abrir e fechar de olhos. Pego aqui numa lata de leite condensado, em meia lata de sumo de limão e em dois iogurtes naturais e vou bater tudo muito bem. Ah ...já agora junto aqui umas três folhas de gelatina demolhadas, escorridas e acabadas de dissolver num breve e suave lume. Já está. Agora coloco no frigorífico e daqui umas duas ou três horas já a posso levar para a festa.

Hum... nada como as coisas simples!
E Parabéns ao Figo Lampo pelo seu 2º aniversário!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Desabafo


Desculpem lá o desabafo.... mas é que há dias, como hoje, em que os pássaros que vivem no meu telheiro precisam de tomar imodium rapid! É que nem o meu pátio aguenta, quanto mais eu!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Postal de férias



É com muito gosto que envio um postal para o seu passatempo de Verão no Crónicas do Rochedo. Escolhi estas caixas de laranjas do Algarve porque me pareceu que um sumo fresco pela manhã... ou a qualquer outra hora, vá... é o ideal para vitaminar umas boas férias. Asseguro-lhe que são docinhas. Tem aí algum espremedor à mão? Então vá lá ... experimente que vai gostar.

Do Algarve, lhe mando os meus votos de uma "silly season" a valer!


Luisa

Galo de Barcelos faz férias no Algarve(4)


... e suspeita-se que tenha iniciado relação romântica com uma jovem vaca dos Açores. Foram já vistos em diversas ocasiões na Quinta do Lago, sempre muito próximos um do outro.






Beach birdwatching



Indiferentes aos corpos estendidos nas toalhas e às bolas que rolam por ali em jogatanas de fim de tarde, poisam e saltitam velozmente, debicando na areia as migalhas deixadas pelos banhistas.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um segundo de silêncio


Às vezes fico suspensa naquele segundo de silêncio que medeia o rebentar de uma e de outra onda. É um segundo de verdadeiro prazer.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

De onde é que eu conheço esta marca?(3)


Anúncios da revista Modes & Travaux em 1976
De acordo com a publicidade que lhe era feita nos anos 70, o creme nívea era para ser usado em qualquer ocasião e para todas as finalidades que se possa imaginar para um creme de beleza. Era para todas as estações do ano, era para a noite e para o dia, era hidratante e protector. Estamos no Verão e esta é, como qualquer outra, uma boa razão para eu me lembrar desta lata azul e também de umas bolas gigantes que enfeitavam em tempos as nossas praias. Será que ainda existem?
Mais alguma coisinha sobre a marca, história e imagens de publicidade de outros tempos: aqui e aqui.

domingo, 11 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A geometria da preguiça


Os dias sucedem-se quentes e luminosos. O céu de tão azul entontece-me. Tenho a preguiça exacerbada e por muito que enumere o que me falta fazer, não faço nada. Sorvo as horas como uma bebida mágica que me transporta até à linha do horizonte. Lá chegada, olho para trás e vejo aquela estante de livros que me acena, gritando por uma drástica arrumação. Naquela prateleira as fotografias amontoadas reclamam, juntamente com as que já se descolaram do álbum, uma selecção rigorosa e uma qualquer ordenação lógica. Viro costas e mergulho no mar refrescante do "pouco importa"...

O cheiro roubado

Porque também gosto de ouvir contar histórias.

Galo de Barcelos faz férias no Algarve(3)


Fugindo do sol abrasador, escolheu fazer uma pausa numa sombra da Marina de Vilamoura.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A vida secreta dos objectos - As canecas rezingonas



Caneca 1 – É sempre a mesma história! Cada vez que nos vêm limpar o pó nunca nos colocam exactamente no mesmo lugar. Chega-te para lá… ó Caneca 2… não vês que me estás a atrapalhar. Assim não consigo espreitar o que se passa na TV.

Caneca 2 – Ora, ora… o que é que interessa o que passa na TV?! É sempre o mesmo. O Sócrates, a PT, a Vivo, o calor, o mundial e de novo o Sócrates, a PT, a Vivo, o calor, o mundial… Deixa-te disso.

Caneca 3 – Olhem que não… Olhem que não. Também é o Barroso, o Passos Coelho… Por mim prefiro quando ligam o rádio. Eu gosto é da música! O problema são aqueles cães lá fora, sempre a ladrar. Caramba, basta passar alguém junto ao portão… ou algum gato vá… São mesmo insuportáveis!



Caneca 1 – Insuportáveis estão vocês as duas! Nada está bem para vocês. Bem se vê que estão a ficar velhas!



Caneca 3 – Velhas! Oh oh… deixa lá que se nós estamos velhas tu estás muito nova!!! Deves pensar que estás mais bem conservada não???



Caneca 2 – Deixem-se mas é estar sossegadas. Que inferno! Sempre implicando uma com a outra e com tudo o que se passa à volta. A vida, são dois dias. Tratem mas é de a gozar serenamente.



Caneca 1 – Pois … serenamente queria eu estar aqui arrumada e sossegada a ver a novela! Mas com vocês quase em cima de mim e sempre resmungando não há quem aguente! Chego a ter ideias suicidas! Um destes dias atiro-me ao chão e arrasto-vos comigo!



Caneca 2 – Shiiiii! Isto vai bera… estou mas é a precisar de uma bebida forte, para ver se as esqueço às duas. Mas nunca me enchem….só sirvo para vista mesmo. Elas coitadas estão igual a mim… Olha à falta de melhor vamos continuar a embirrar umas com as outras. É da vida.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A última corrida

O que eu acho é que, naquela noite, ele disparou a correr e atingiu tal velocidade que ainda não conseguiu parar. Para mim, anda por essas estradas desafiando, um após outro, os carros que passam, para corridas loucas.

Era isso que ele fazia se por algum descuido não o prendia no momento de abrir o portão. Safava-se de imediato dando asas aquela necessidade que tinha de queimar energia correndo veloz estrada fora. Se calhava a estar solto, assim que reconhecia o som do motor do meu carro chegando, tomava balanço e desatava a correr na frente, assegurando que chegava ao portão de casa antes de mim.

Foi o cão mais doido que tive. Tão descomunal como a sua vontade de correr era a sua vontade de comer. Guloso que nem ele. Sempre que lhe levava o alimento ficava em estado de histeria, dando saltos e ladrando eufórico à minha volta. Dono de uma esperteza e matreirice especiais, se sonhava que a minha intenção era prendê-lo para evitar que saísse estrada fora, era sabido que eu estava desde logo tramada. Deitava-se no chão fazendo peso de corpo morto, obrigando-me ao esforço de o arrastar pátio fora até ao local onde o podia prender.

O PJ já trazia nome posto pelo criador de épagneul breton onde o fui buscar. Nunca lho mudei. Ficou PJ até à noite em que mais uma vez fugiu de casa, só que para jamais regressar. De nada serviram os cartazes afixados pela vizinhança. De nada serviram as buscas por perto dos acampamentos de ciganos, que, diziam, de certeza o tinham levado. Nem sequer a deslocação àquele local onde um conhecido do meu pai costumava avistar um cão parecido. Não era ele.

O que eu acho é que, naquela noite, ele disparou a correr e atingiu tal velocidade que ainda não conseguiu parar.


Publicado para a
Fábrica de Letras, cujo tema neste mês de Julho é "Disparou"

Galo de Barcelos faz férias no Algarve(2)



E foi visto hoje a trabalhar para o bronze...

sábado, 3 de julho de 2010

La valse des lilas


Ache outros vídeos como este em Portal Luis Nassif

O que eu já procurei por este tema (interpretado pelo próprio Michel Legrand) na net... Encontrei-o hoje e não me canso de o ouvir.

On ne peut pas vivre ainsi que tu le fais
D'un souvenir qui n'est plus qu'un regret
Sans un ami et sans autre secret
Qu'un peu de larmes.
Pour ces quelques pages de mélancolie
Tu as fermé le livre de ta vie
Et tu as cru que tout était fini...

...Mais tous les lilas tous les lilas de
mai
N'en
finiront, n'en finiront jamais
De faire la fête au coeur des gens qui s'aiment, s'aiment, s'aiment, s'aiment.
Tant que tournera, que tournera le temps
Jusqu'au dernier, jusqu'au dernier printemps
Le ciel aura, le ciel aura vingt ans
Les amoureux en auront tout autant...

Si tu vois les jours se perdre au fond des nuits
Les souvenirs abandonner ta vie
C'est qu'ils ne peuvent rien contre l'oubli...

...Mais tous les lilas tous les lilas de
mai
N'en
finiront, n'en finiront jamais
De faire la fête au coeur des gens qui s'aiment, s'aiment, s'aiment, s'aiment.
Tant que tournera, que tournera le temps
Jusqu'au dernier, jusqu'au dernier printemps
Le ciel aura, le ciel aura vingt ans
Les amoureux en auront tout autant...

Galo de Barcelos faz férias no Algarve(1)



Galo de Barcelos desfruta das belas vistas de Albufeira no primeiro dia das suas férias algarvias.

Pezinhos na areia




sexta-feira, 2 de julho de 2010

Jogo de esconder


Joguei às escondidas com o sol.

Que tonto que é!

Claro que lhe ganhei!

Como é possível àquele que é o astro dito rei,

Achar que me fintava nesta fé

Que eu tinha de o apanhar

Antes do dia se acabar.