quarta-feira, 11 de março de 2020

Abraço



À entrada do restaurante, as duas mulheres cumprimentam-se. Ah, como estou feliz por te ver por cá, diz uma para a outra. Agora não podemos dar beijinhos, não é? E, enquanto concordam que não se podem beijar, abraçam-se efusivamente.

29 comentários:

  1. É caso para perguntar.
    Na situação atual qual a diferença?
    Abraço

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    1. Por isso mesmo, Elvira... Foi por certo um abraço de consciências ainda adormecidas.

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  2. :)
    (estou a ficar assustada e muito preocupada com o que se passa)

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    1. A situação evolui a uma velocidade dramática, não é Gábi?

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  3. A alegria do encontro as fez esquecer da situação! Bjs chica

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    1. Provavelmente ainda não se interiorizou devidamente os comportamentos a ter numa situação destas, chica.

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  4. E depois vão para a praia com a multidão.

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    1. Lá está, Pedro. Mas há pouco já se ouvia noticiar que poderão ser interditadas.

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  5. É muito fácil admitir: não beijamos ninguém, não abraçamos. Não é fácil policiarmo-nos na expressão, espontânea, dos sentimentos.Aconteceu-me quase igual; pior, nem me lembrei do vírus e fiz o normal. Mas não fui para a praia com a multidão e nem sem ela. Lamentando eu o último caso, sempre era um bom lugar para se estar só:), as ondas são capazes de estar inocentes apesar dos abraços e beijos em tempos de calmaria.

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    1. É isso, bea. Isto é tão novo e tão rápido que nem nos damos conta e acabamos por fazer o que não devemos.

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  6. Concordo plenamente com esse abraço entre amigas.
    Era o que mais faltava que um vírus, vindo lá dos cafundós, de onde o diabo perdeu as botas, por aqueles que não páram no gatilho e estão sempre em férias, viesse refrear a alegria pura do reencontro de pessoas que se estimam.

    Não sou dada a açambarcamentos, nem agora nem no tempo da famosas rebaixas do Pingo Doce - se não estou em erro - compro na medida em que consumo, como sempre fiz.
    A única coisa que fiz, fora do habitual, foi aviar quase todos os medicamentos que tomo diariamente e tinha na receita para seis meses. Não vá o diabo tecê-las, tanto mais que hipentensos, diabéticos controlados, cardíacos e malta de colesterol elevado, é o que há mais...:)

    Tudo bom aí para para os Algarves, Luísa.

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    1. Não sei, não, Janita... Acho que vamos mesmo ter de conter os abraços aos amigos. Parece-me que temos que levar isto muito a sério. Aquilo com que eu não concordo mesmo é com o desnorte das pessoas que correm a esvaziar as prateleiras dos supermercados.
      Tudo bom aí para o norte também... e para o teu Alentejo que por enquanto ainda não viu o bicho. :)

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  7. Não é fácil mudar hábitos e controlar emoções. :)

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  8. Um esquecimento que pode trazer graves consequências :(

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  9. O toque humano é sempre o primeiro impulso e agora temos de o refrear.
    Obrigatoriamente!

    Beijinho.

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  10. Pois é, em momentos de crise a ignorância fica sempre a nu.
    (Desculpe, Luísa, voltar ao meu lamento sobre a ausência dos Passeios de Domingo, mas agora compreendo melhor a sua abstinência. Está em modo de plano de contingência)
    Cuide-se, a si e aos seus!

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  11. Obrigada AC! Mas ainda haverá passeio de domingo, porque sempre tenho fotos de reserva e tenho a vantagem de viver no campo, em local onde posso andar um pouco sem cruzar com ninguém. :) Em casa também são tomadas algumas medidas de contingência, pois moro junto ao meu pai, já em idade avançada, e tenho que ter cuidado.

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  12. Começamos agora a habituar-nos a não nos abraçamos e beijarmos. No início é complicado mas depois vai :)

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