sábado, 4 de agosto de 2018

Calma


Acabei de ouvir cantar um galo. Não imaginava ouvi-lo assim pela calma. É suposto os galos cantarem de madrugada. O seu canto, a esta hora, só pode ser um lamento, uma queixa. Tal como o piar dos pardais que se aninham no meu telheiro e que de igual modo se lastimam. Assim penso eu que os ouço aqui de dentro de casa e faço de conta que lhes entendo a linguagem. Não sei em que traço da escala estará agora o marcador do termómetro que não tenho por aqui mas, assim a toque de pele, nem eu me aguentaria agora debaixo daquele alpendre. Confino-me às quatro paredes, até que passe este tempo de recolher quase obrigatório, bebo mais um copo de água, folheio mais umas páginas da revista.

8 comentários:

  1. Coitado do galo!:) Então ele lança um pedido de ajuda e ninguém o socorre?!
    O pobrezinho deve pensar que o forno o espera, daí a aflição.:)

    Bom fim-de-semana, de preferência mais fresquinho.:)

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    1. Bom fim de semana, GL. E sim, há que procurar o fresco. Vou tentar a mangueira. :))

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  2. Nem ele deve estar aguentado o calor. Ouvi dizer que está demais essa onda por aí na Europa! beijos, fiquem bem,chica

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  3. Está difícil de suportar, Rejane. Bom fim de semana!

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  4. Está muito calor. não se aguenta. Coitado do Galo :)!!

    Destino incerto, por onde padeço. (Poetizando e Encantando)

    Beijo e um bom fim de semana!

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    1. E ao fim do dia piorou. O galo estava a adivinhar a trovoada que se seguiu. Só pode, Cidália.

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  5. Pois...mas a calma de hoje não me impediu de sair para o braseiro, Luísa.:)
    Peguei no meu sombrero e fiz-me à 'rua'. Quando o que tem de ser tem muita força, arejamos até de coração a ferver! ehehehe

    Dizem que pelo Algarve já vai chover, será verdade?

    Beijinhos. :)

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    1. E choveu mesmo, Janita. Uma chuva grossa e quente, seguida de um vento tão, tão quente que logo secou o molhado. Ontem à noite esteve impossível. Ao ponto de, contrariamente ao que é costume, fecharmos as portas porque o ar da rua parecia vindo de um forno.

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