Mil andorinhas juntaram-se esta
manhã na antena de televisão da casa da vizinha e no cabo de eletricidade que
ladeia o céu da minha rua.
Mil. Foi uma conta fácil de fazer,
assim num relance, nos escassos segundos em que olhei para a direita e depois
para a esquerda antes de sair do portão e me fazer à estrada. Eram mil
andorinhas numa agitação de asas ao primeiro sol da manhã. Não me pude deter na
observação do seu ajuntamento porque a vida me chamava para o lado oposto ao
evento. Mas levei comigo, pela manhã fora, a carga leve desta especial
melancolia de fim de agosto e uma alegria triste, própria das festas de
despedida. Sabia bem que no meu regresso a casa já não veria as andorinhas.
Sim , melancolia porque as andorinhas se preparam para voar para lugares distantes.
ResponderEliminarmomentos únicos que ficam na retina....
ResponderEliminar:)
São sempre tristes as despedidas. Agosto foi-se e esperamos que um dia qualquer, quando tiverem voado por outros mundos, voltem de novo a alegrar os nossos dias.
ResponderEliminarBeijinhos Luisa
Elas gostam do sol da manhã.
ResponderEliminarPenso que durante o mês de Setembro a Luísa ainda as vai poder ver, pois elas já devem estar de partida para África e a rota passa forçosamente por todo o Algarve. Portugal prepara-se para se despedir do seu símbolo que tão bem representa a Primavera e o Verão. Ficam as de loiça :)
Bjs
E mesmo. O fim de Agosto não é apenas um final de mês.
ResponderEliminarNão creio que tenham já partido, Luísa!
ResponderEliminarTerminou o querido mês de Agosto, mas o Verão continua. Noites mais frescas, é certo, mas manhãs de sol radioso. As andorinhas estariam a pensar, quiçá, num encontro tipo concentração colectiva para desfrutarem juntas desses raios luminosos e aconchegantes e irem preparando, com tempo, a despedida.
Vais ver que amanhã voltas a vê-las, a tagarelar, na antena da vizinha.
Beijinho. :)
Visões que alegram o dia.
ResponderEliminarBfds
Já há duas ou três semanas que as magnificas andorinhas se despediram aqui da minha região _ sendo que há dois anos consecutivos que um casal faz criação num anexo compartimento aqui de casa e vários casais nidificam numa casa semi-abandonada aqui ao lado, o que em qualquer dos casos é uma alegria e inclusive um pontual motivo fotográfico para mim. Mas esta perspectiva da Luisa é sublime, como quem escreve com literário interesse Universal, que com mais ou menos palavras e mas numa bela e consubstanciada construção linguística fala um pouco por todos nós, ao menos os que admiramos, ama-mos e na medida do possível respeitamos a natureza!
ResponderEliminarA minha vénia, com desejo dum bom fim-de-semana que se aproxima, mesmo já sem andorinhas
Abraço
E fuco imaginando a beleza de tanto e tal esvoaçar!!! Bj
ResponderEliminar... fico
EliminarImagens que, apenas num relance, nos "marcam" e que não mais desaparecem da nossa mente ! ... É como, por vezes, uma canção de que nos lembramos e que anda horas e horas a ser trauteada na nossa mente !
ResponderEliminarAndorinhas, este ano, vi muito poucos. Não sei se por desatenção minha, ou se, de facto, elas não apareceram como nos outros anos. (?)
Beijinhos com asas, Luisa :)
Catarina,
ResponderEliminarEstá na altura de partirem e estou quase certa que as que vi ontem se preparavam para a viagem.
Piedade,
Foram segundos, meros segundos. :)
Manu,
E não demora assim tanto tempo. Este ano, lembro-me de as ver por aqui logo em março.
Mz,
Acredito que estas estava de ou já em viagem. De loiça também tenho, ali na parede, debaixo do meu telheiro. :)
Bea,
O final de agosto é para grande número de pessoas o fim das férias e isso traz alguma melancolia. Não foi o meu caso já que começo agora as minhas. :)
Janita,
Hoje olhei para lá e ainda vi algumas. Mas hoje dava bem para contá-las, não seriam mais de uma dezena. Estou convencida que aquele bando, como não me lembro de ter visto, estava de partida, sim.
Pedro,
É mesmo. E estavam ali em número impressionante.
Victor,
Sublime foi mesmo vê-las, assim tantas e todas juntas. Gostaria de as ter visto levantar voo.
Gracinha,
Pena que não pude ficar a observá-las.
Rui,
Comecei a vê-las por aqui em março e este ano até fizeram (pela primeira vez) um ninho aqui na minha casa, debaixo de um alpendre que tenho nas traseiras. Em tão grande número é que ainda não tinha vist
ResponderEliminarfiquei triste um dia ao ler que em muitos países caçam as andorinhas com redes:(((
porque aqui também apanham pássaros com ratoeiras :(((
e há muitos sítios que não as aceitam nos beirais porque sujam as paredes, então colocam obstáculos para que elas não façam os seus ninhos
então foram momentos que tiveste com essa oportunidade de ver tantas andorinhas :)))
abraço
É bem verdade que sujam paredes e chão. Mas não são só as andorinhas. Eu bem me queixo dos pardais que há anos e anos se instalam entre as telhas e as canas de um pequeno que telheiro que tenho no pátio. Nem te conto como fica o chão em certas alturas... Chamo-lhes todos os nomes.:)
ResponderEliminarPermito-me voltar a este assunto, desta última perspectiva da sujidade que os pássaros silvestres (andorinhas, pardais, etc.,) provocam nas nossas construções humanas. Que por sinal neste último caso são em muitos casos e de muitas formas construções anti-natura; ainda que quando nós começamos a construir o que e como construímos, já natureza cá estava e que inclusive duma ou doutra forma desta última derivamos e dependemos, ainda que não raro na nossa arrogância e parcial auto suficiência humana pensemos que não... que de resto a natureza não é perfeita, mas nós humanos também não, até porque somos meras partes integrantes da primeira, mas não raro andamos ao arrepio da mesma, nem sempre pelo nosso melhor e nem como mera auto defesa face ao pior da natureza!
ResponderEliminarSe acaso peço perdão pelo "discurso", mas este é um tema muito caro para mim, que não raro penso que muito do que e como somos e/ou fazemos, poderia ser muito diferente para melhor, no caso concreto na relação de entre nós humanos e a natureza _ mas a realidade é a que é...
Os meus maiores respeitos, para quem, como a Luisa, se quando acaso não deixando de se sentir incomodada/o pela natureza, tão pouco deixa de admirar e de respeitar esta última! VB
Estava a ler a tua narrativa quando me lembrei DESTA foto do Victor Barão.
ResponderEliminarBeijinhos para os dois
(^^)
Afrodite,
ResponderEliminarAinda não tinha visto essa foto do Victor Barão. Vou até lá. :)