A moça que está envolvida no
projeto que, hoje, trazia em visita ao escritório os parceiros do dito,
encontrava-se naquele momento reunida com outra colega. Coisa interna, apenas. Cabia-me a mim acompanhar a visita ao espaço
que se pretendia para o evento de modo a permitir uma avaliação da sala, do
equipamento disponível, das datas possíveis e de outros detalhes.
E a moça? pergunta-me a líder do
grupo de visitantes, pessoa de cargo elevado e de assinalável gabarito no que a
simplicidade diz respeito, capaz de acompanhar os restantes membros, soldados
rasos para o caso em questão, numa mera visita de inspeção logística.
Fui então pedir-lhe uns
instantes, que seriam até do seu interesse, pois que a moça, já o sei por
correios eletrónicos antes trocados, não vai estar presente na próxima reunião
do grupo de trabalho. Só que a moça, achou-se. Que agora não podia, disse,
enquanto abanava o dedo reforçando a negativa. Voltei ao grupo das visitas e só
me restou explicar à pessoa de cargo elevado, que uma importantíssima videoconferência
em curso impedia a moça de se apresentar naquele momento.
A soberba da moça, a minha
mentira e ódio com que lhe fiquei foram pecados a mais para uma só tarde de
tempo quaresmal.