quarta-feira, 17 de abril de 2013

Uma casa


Ali já não ecoam vozes nem se ouve o rumor das águas escorrendo dos alcatruzes. Já não se sente o cheiro da comida fumegando na cozinha.

Ali já só se ouve o vento sibilando pelas frestas e as folhas das árvores que estremecem ao redor. Ali ficaram abandonadas as paredes de vidas que já foram e que não sei.

Sigo caminho e apresso o passo. Ao longe, ouço um cão que ladra guardando o monte de casas novas.


16 comentários:

  1. Um texto quase poético, para uma bela imagem que recorda outras eras... :)

    Beijocas!

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  2. Que linda imagem! E que belo texto!
    Beijinhos

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  3. As suas palavras transportaram-me para a cena real. Não é preciso acrescentar mais nada, pois não?

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  4. A caminho da casa dos meus avós, havia uma casa abandonada conhecida por “o casarão”, muito parecida a esta. Se alguma vez soube quem lá tinha vivido, já esqueci.
    Gostei muito do texto.
    : )

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  5. Se fosse em Macau já tinha ido abaixo e sido substituída por um lindo caixote com buracos com 100 metros de altura.
    E lá ficávamos privados da casa, do cenário bucólico e do seu bonito texto.

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  6. Não consigo deixar de sentir uma certa nostalgia quando vejo estas casas assim...

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  7. Poderia ser o começo de uma linda história de Amor, ou uma história de terror tendo como figura principal essa casa abandonada....
    Gostaste ?......

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  8. Gostei imenso, quer do texto, quer da fotografia! E, já agora, aproveito para dizer que a receita do bolo de marmelada já se encontra no blog :) Um beijinho!

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  9. Por aqui é igual mas noto que nos últimos anos há muita gente que tem voltado, sobretudo os mais velhos, filhos da terra que se reformaram. É uma pena, este abandono... nem as histórias sobrevivem...

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  10. De uma profunda beleza...aliada à tristeza do abandono!

    Abraço

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  11. E deste abandono se faz ainda a história da casa.

    Beijo

    Laura

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  12. Gosto de passar por lugares abandonados e imaginar qual passado se esconde em seus escombros...Um abraço!

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  13. Gostei do texto e da imagem e fiquei a pensar nas histórias que se terão vivido naquela casa...
    um beijinho

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  14. Luisa, um texto belíssimo que acompanha o abandono de um lugar tão comum no nosso Portugal profundo. O abandono, a desertificação.

    Bjs

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