Só
reparo nela quando já estou a sair da praia. De pé, junto ao chapéu
de sol, olhando para o mar, de mãos na cintura, roda as ancas para a
direita e logo depois para a esquerda, move-se como se estivesse a
fazer rodar um hula hoop. Depois inclina-se para um lado, e logo para
o lado oposto, numa espécie de exercício de alongamento. Usa apenas
uma tanga, de um rosa fluorescente, atilhos laterais a bater-lhe nas
coxas. Os seios encostam ao estômago, que encosta ao ventre, numa
sucessão ondulante de colinas descendentes. Tem a idade de quem
inaugurou o topless nas praias portuguesas lá para o final dos anos
setenta, e o praticou bem na década de 80 do século passado.
Mantém-se fiel ao estilo, livre de preconceito, confortável com o
próprio corpo e com o que tempo lhe impôs.
Eu gosto de gente assim :)
ResponderEliminarSem inibições, ana. :)
EliminarEu andei nessa "escola" mas não a frequentei o suficiente para ser indiferente ao mundo a esse ponto. Se admiro? Em parte sim.
ResponderEliminar~CC~
Nunca fiz topless, CC. Por não me ver a fazê-lo, é que me chamou a atenção esta mulher. Eu não teria aquele à-vontade e, em parte, sim, também a admiro, mesmo não desejando imitá-la. :)
EliminarE não é louvável uma mulher(pessoa) ter assim um espírito aberto e livre de preconceito?
ResponderEliminar.
Bom fim de semana
Cumprimentos
Seguramente, Rykardo. :)
EliminarEu admiro quem o consegue fazer sem ar de constrangimento, tipo aquelas miúdas que de uma gravata fazem uma saia e depois andam sempre a puxá-la para baixo, como se ela pudesse ganhar 20 ou 30 cm de tecido. Gosto de gente que se assume com naturalidade.
ResponderEliminarBoa tarde
A fazer, noname, só quem se sente bem com isso e não liga a olhares alheios.
EliminarGostaria de ser assim!
ResponderEliminarAbraço
Não é propriamente gostar de ser assim, Rosa dos Ventos. Eu gosto de ser como sou no que a indumentária de praia se refere e não gosto de fazer topless. Achei "engraçado" mais pelo facto de ser uma prática que caiu em desuso. Pouco se vê atualmente.
EliminarNão critico, mas também não admiro.
ResponderEliminarTampouco invejo tal à vontade.
Lá está, cada um é para o que nasce...:)
Nem eu, Janita. Isto não é crítica nem inveja. É só assinalar a diferença de práticas. Nunca quis fazer topless, acho até desconfortável, para dizer a verdade. Gosto do aconchego do fato de banho ou do biquíni. :)
EliminarComo todos já o disseram, admiro-a por ser assim!:))
ResponderEliminar-
Sonho fracassado ...
Beijo, e um excelente fim de semana! :)
É preciso gostar ter naturalidade para tal, Cidália.
EliminarAdmiro gente assim, talvez por não conseguir sê-lo.
ResponderEliminar🤔
Funcionamos muito por comparação, Manu. E é essa comparação que está subjacente ao que escrevi. Eu não conseguiria fazê-lo, não me sentiria bem.
Eliminar:)
Estou com a Janita, quando diz "Não critico, mas também não admiro."
ResponderEliminarNão sou apreciadora do 'modelo' em qualquer idade, nem para mim nem para os outros. É-me indiferente esse tipo de à vontade em público com questões do corpo. Vale igual ao recato que outros escolhem. É tão só uma escolha.
Precisamente o que dizes, Isabel. É uma questão de escolha, apenas.
EliminarNem mais! E, quem não quiser, que não olhe... É uma questão de à vontade. Eu não o teria...
ResponderEliminarPrecisamente, Graça. Eu escolho não ter esse à-vontade. :)
EliminarGosto de ver uma mulher (ou homem) que está segura de si, que se sente bem na sua pele, sem arrogância nem pedantismo, e que sabe como continuar “elegante” na forma como se veste consoante a sua idade, sem cair no ridículo. As várias fases da nossa maturidade implicam certas mudanças que são mais adequadas “aos tempos” em que vivemos e, essencialmente, à fase dessa maturidade, mais comummente conhecida por “processo de envelhecimento”. : )
ResponderEliminarAssim, não posso dizer que “admiro” o à vontade dessa senhora. Também não a critico. A forma como está na praia não vai ter nenhum impacto no meu bem estar físico ou emocional.
Sendo do Algarve, não me recordo de tempo nenhum em que não se fizesse topless nas praias algarvias.
Não tive problemas com biquinis reduzidos, embora decentes. : ), mas nunca fiz topless. Primeiro porque não tinha personalidade para isso, depois só de pensar quem iria encontrar na praia que conhecesse os meus pais e o meu avó materno... outro factor dissuasivo a considerar. : )
Debato-me muitas vezes com uma dualidade de pensamentos, Catarina. Isso no que se refere ao que se considera mais "adequado" (falo sobretudo do que se veste, ou despe neste caso..., essencialmente de aparência) de acordo com a idade. Seguimos (talvez) demasiadas convenções quanto ao que se coaduna com o envelhecimento. O facto desta mulher já ser "entradota" combinado com a sua escolha de indumentária de praia, não deixa de me suscitar uma certa admiração. :)
EliminarNão sou assim.
ResponderEliminarNunca serei assim.
Não posso querer ser assim.
À parte isso, sinto em mim a nostalgia de não ser assim.
E agora vou ali comer uns chocolates...
🍬
Maria (Pessoa)
Comentário top, Maria! :)
EliminarPor mim, também vou nos chocolates.
Com efeito, quando vemos na praia mulheres em topless ou homens nus, a que o tempo já marcou irremediavelmente com as suas garras cruéis, ficamos sempre divididos entre a admiração, pela forma natural com que aceitam a degradação do seu corpo e uma certa condenação, que nós faz sempre pensar "já tinham idade para ter juízo". Pessoalmente, talvez por ser vaidoso ou melhor ainda, por não aceitar muito bem as marcas do tempo, evito expor-me. Apago sem hesitar todas as fotografias em fato de banho ou vestido onde me acho demasiado gordo ou velho. Acredito convictamente que devemos selecionar as imagens que queremos deixar para os nossos vindouros. Mas por outro lado, invejo de alguma forma essas pessoas, que aceitam a degradação do seu corpo e se despedem na praia, porque está calor e ficam mais confortáveis e se sentem livres.
ResponderEliminarLuisY, partilho esse sentimento de admiração por quem aceita sem qualquer problema o envelhecimento do seu corpo e não se auto-censura no que toca ao que vestir. Já nas fotografias, teria de apagar praticamente todas as minhas pois é rara aquela em que gosto de me ver. Porém, o tempo tem um efeito interessante sobre a forma como as vejo. Por vezes deparo-me com uma foto com alguns anos, que sei ter achado horrível, mas no momento atual já não desgosto dela. Talvez porque o modelo (ao vivo) vai piorando... :))
EliminarGosto dessa aceitação de si própria, da tranquilidade e descontração com que o fazem. Se bem que sou o oposto :)
ResponderEliminarTambém eu, GM. Mas acho que pode ser uma aprendizagem. :)
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