Às
vezes, um pássaro parece cantar
para
si próprio. Está na árvore, quando
o
dia nasce, e a luz encontra-o
no
meio da sombra. «Que manhã é esta»,
pensa,
«em que o sol vem ter comigo
como
se não houvesse mais ninguém
para
o receber?» E saúda-o
com
o seu canto, sem saber que
alguém
o ouve, por trás dos arbustos,
e
recolhe o que ele diz
para
o dizer ao mundo.
Nuno Júdice, A pura inscrição do amor, Publicações Dom Quixote, 2018
E o que dirá o pássaro à luz do sol, nessa sua saudação matinal?
ResponderEliminarOs humanos deveriam ter sido dotados de capacidade para entender a voz dos animais.
Bonita, a fotografia.
Há, ao menos, humanos com capacidade para a imaginar, Janita. :)
EliminarPassarinho só meu amigalhaço Rei Artur!
ResponderEliminarBfds
Esse Rei Artur vem sempre fazer concorrência aos meus passarinhos... :)
EliminarQue bom ter a liberdade de um pássaro...neste caso feliz
ResponderEliminarComo sempre uma foto excelente
É isso mesmo, Meu Velho Baú. :)
EliminarGosto da poesia de Nuno Júdice que parece às vezes um solilóquio do poeta. A foto está muito consonante:)
ResponderEliminarUm poeta da minha terra, bea. :)
EliminarFantástico :))Parabéns
ResponderEliminarHoje:-Sinto, que de saudades, estou morrendo...{Poetizando e Rncantando}
Bjos
Votos de uma óptima noite.
Obrigada Larissa.
EliminarGostei imenso Luísa, das palavras e da foto !!!
ResponderEliminarQue bom, Ricardo. Obrigada.
EliminarO "meu" Júdice, que bom!
ResponderEliminarÉ bom, mesmo, Isabel. Também tenho uma predileção por este autor.
Eliminar