A
manhã começou fresca, fortemente arejada pelo vento. Estacionei o
carro à sombra de duas árvores de flores amarelas, mesmo à entrada
de um bloco de apartamentos turísticos. Há ali quatro ou cinco
lugares de estacionamento que nunca vejo ocupados. Os turistas têm
lugar para os carros no lado de dentro dos portões e, do que
percebo, não costumam ter visitas. Tomo a direção da estrada e
sigo pela berma numa via vermelha partilhada por peões e ciclistas.
Cruzo-me com uns, sou ultrapassada por outros. Todos aproveitam o
começo de domingo para exercitar, caminhar, correr, pedalar,
transpirar ou apenas passear o cão. Eu caminho e paro aqui e ali, a
cada folha que mexe, a cada ave que pousa, dou que fazer ao zoom da
máquina. Decido virar à esquerda tomando um caminho de terra batida
que ladeia o golfe, afastando-me dos enérgicos passeantes. Mas,
também por esse caminho, vem lá uma mulher correndo. Corre
solitária e sorridente. Dirige-se a mim de rosto alegre e aberto,
com um sotaque que traz do outro lado do Atlântico. «Não tem muito
pássaro, não, com esse vento». Respondo-lhe com um sorriso e
prossigo na esperança do seu engano. Alguns hei de encontrar, mesmo
que contra o vento.
Contra o vento os vais encontrar!
ResponderEliminarQuem porfia alcança.
ResponderEliminarAbraço e bom domingo
Sempre haverá um ou outro quanto mais não seja para te ver :)
ResponderEliminarBom feriado
E parece que a tua perseverança foi coroada de êxito; no caso de estares em demanda das fotografias para o Passeio de Domingo...d'hoje. :)
ResponderEliminarE encontrei alguns, sim.
ResponderEliminarObrigada queridas Catarina, Elvira, Gaja Maria e Janita. :)
ResponderEliminarSe calhar, naquela manhã estavas com cara de ornitóloga! 😃🐦