Chorei.
Foi algo completamente incontrolável. Primeiro senti os
olhos ficarem rasos de água. Depois as lágrimas começaram a rolar-me lentamente
pela face. Irremediavelmente chorei.
Chorei por longos minutos sem conseguir pôr cobro à situação.
Pestanejei. Funguei. Fechei até os olhos numa vã tentativa de impedir o jorro
salgado que me lavava o rosto. Eu não queria… Mas, naquele instante, nada no
meu ser tinha mais força.
Chorei enquanto crescia em mim uma certa raiva. E quanto
mais me apressava a concluir o que tinha de ser feito mais se agudizava a
situação.
Chorei.
Chorei copiosamente por longos minutos até que, finalmente,
o fundo do tacho ficou coberto, sem haver mais cebola para cortar.
E quando as lágrimas se esgotam, resta a determinação... ou só a tristeza. Depende das situações.
ResponderEliminarAs suas lágrimas emocionaram-me!
: )
ResponderEliminarComo evitar essa choradeira que cortar cebola provoca? Guardar as cebolas no frigorífico! : )
Malandra!! :)))
ResponderEliminarBjs e votos de um bom fds
Ora até que enfim que alguém me compreende...
ResponderEliminar:)
Vigança: a cebola acabou cortada, cozinha e comida ;)
ResponderEliminarprefiro as outras lágrimas. as genuínas.
ResponderEliminarAcontece com frequência... a quem cozinha! :)
ResponderEliminarBeijocas e não chores mais! :D
as lentes de contacto nisso são maravilhosas, zero lágrimas:)
ResponderEliminarbeijos
A par dos conselhos de teus amigos e amigas, fica uma expectativa: o que escreverás quando morrer um parente próximo ou o cachorro de estimação?!
ResponderEliminarJá estava a ficar preocupada...
ResponderEliminarUm dia, pensei que ia conseguir evitar chorar, cortando as cebolas com óculos...mas não resultou :)
Também me acontece essa súbita emoção perante fundos de tachos...cobertos de cebola! :-))
ResponderEliminarTexto que me criou um certo suspense!
Abraço
Vir encostar-me à tua Esquina e ficar admirando antes de teclar, é um prazer que tenho há alguns anos, Luísa. Não esperava vir chorar contigo, mas gostei deste suspense em crescendo, até abrir um largo sorriso quando cheguei à última frase.
ResponderEliminarTambém a mim, esse globo de frescura já me fez chorar, antes da consumação final na fervente quentura dos meus tachos. :)
Obrigada, querida Luísa.
Beijinhos.