A senhora veio à reunião e falou. Falou muito. Contou as
suas histórias pessoais com muitos portanto pelo meio. Palavra sim. Palavra
portanto. Palavra sim. Palavra portanto. Era simpática aquela senhora. Mas
nunca mais se calava. Contou pormenorizadamente a sua história. Descreveu tudo,
tudo até à marca de cada acessório que trazia no dia da dita e contada
história. A marca da mala. Portanto. A marca da carteira. Portanto. E nunca
mais se passava ao tema da reunião. E ela, portanto. E quando ela parecia estar
a concluir a história, a minha colega, muito interessada, perguntava-lhe algo
mais. Ora, portanto, a senhora lá recomeçava. E mais uma vez portanto. E eu a
ficar com os nervos em
franja. E eu capaz de matar a minha colega que continuava a
querer mais pormenores da história. Era simpática aquela senhora. Mas nunca
mais se calava. Portanto. Lá recomeçava o contarelo. Lá se atrasava a entrada
em cena do assunto que motivava a reunião. Portanto para aqui. Portanto para
ali. Enfim.
Portanto, assim se desperdiça tempo valioso a tratar de portantos...
ResponderEliminardetesto quando começam a "engonhar" as conversas sem quererem saber dos outros... as reuniões lá no trabalho são a mesma coisa e ainda por cima fazem-na sempre à noite que é o meu horário e atrasam-me o trabalho todo.
ResponderEliminarbeijos
É muito mau esses "tiques", então quando nos centramos neles...portanto, agora nada há a fazer :)para a próxima repete uma frase dela, vais ver que ela muda logo o discurso...ou não :)
ResponderEliminarSe fosse "portantos" ainda era pior...e há quem o use! :-))
ResponderEliminarE afinal, portanto, chegou-se a alguma conclusão?
Abraço
Há tiques fisicos ou de linguagem que só são visíveis para os outros.
ResponderEliminarOs próprios nemnotam ou já estão habituados.
Existe terapia para quem padece desses males e tem de falar em público.
Beijinho, Luisa!
(Posso ser mauzinho?)
ResponderEliminarTinha que ser uma senhora. Se fosse um senhor... seria diferente.
:)
ah, tiveste uma reunião com uma colega minha.
ResponderEliminarNaná.
ResponderEliminarNem mais...
Ana,
Sem exagerar... estivemos mais tempo a ouvir as histórias da tal senhora do que a tratar do que realmente importava.
Rosa dos Ventos,
Ora...marcou-se nova reunião :))
Pérola,
Pois neste caso a senhora bem precisava dessa terapia :)
Rui Pascoal,
Deixe-me seguir-lhe o tom: Eu sei. Se fosse um senhor era bem pior... :))
El Matador,
Olha...quem sabe? :)
E há tanta gente assim! E não só senhoras como diz ali o menino Rui...
ResponderEliminar(Está escrito com muita piada...)
Portanto, beijinhos...
Portanto, mais uma daquelas cenas macacas do Portugal Sentado onde somos mestres a reunir. Sim? :-)
ResponderEliminarHá reuniões assim, que se fala, fala, fala e nunca mais se chega ao assunto que se devia falar ou discutir, Uma perda de tempo, portanto! :)
ResponderEliminarBeijocas!
Já passei algumas vezes por situações parecidas :)
ResponderEliminarEssa história faz-me recordar – sem portantos – o lançamento de um livro a que assisti em Albufeira há dois anos. O “historiador”, o primeiro orador, falou durante UMA HORA. Evidentemente que, apesar de bem educados durante a primeira meia hora, os presentes começaramm a sussurrar até o senhor dar por terminado o seu discurso!!!! Que seca!
ResponderEliminarGraça,
ResponderEliminarHá de facto muitas pessoas que gostam de se ouvir falar :)
Carlos,
Cena macaca mesmo. Não tenho paciência para este tipo de reuniões.
Teté,
E assim se vai a produtividade...
Gabi,
Penso que todos devemos ter uma experiência destas :)
Catarina,
Não percebo como é que estas pessoas não têm noção de que são verdadeiras secas...
Enfim? Enfim não, portanto! :)
ResponderEliminarAdorei a narrativa, Luísa.
A luisa teve aquilo que em linguagem de Lisboa se chama uma "runião", que é aquelas coisa que se tem no trabalho e não serve para nada
ResponderEliminarAbraço e gostei do seu humor fino
Eu assisti! Lol
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