Encostei a preguiça à parede e voltei a caminhar. Já é noite e o ar mais frio obriga-me a proteger as orelhas com uma espécie de auscultadores felpudos que me aquecem mas não dão música. O que ouço é o som surdo dos meus passos no asfalto. Ecoa-me nos ouvidos. Pum. Pum. Pum. Parece vir de dentro de mim. A cada passo ressoa. Ouço também os cães que em cada quintal de cada casa à beira do caminho vão ladrando, ladrando, ladrando… como que por contágio. Adivinho-lhes o porte pelo tom mais grave, mais agudo ou mais esganiçado e até há um que quase se engasga de rouquidão.
A lua vai cheia e reforça a iluminação do percurso. Ali, naquela curva há uma amendoeira já carregada de flores e a sua delicada alvura recorta-se como renda no fundo escuro da noite.
E tem estado mesmo uma lua linda num céu límpido! Mas frio também, para nos tirar ideias dessas passeatas noturnas na cidade... :)
ResponderEliminartexto e foto brutais.
ResponderEliminarTeté,
ResponderEliminarÉ sair bem apetrechados. Força nos agasalhos. Olha que chego a casa com calor :)
El Matador,
Obg :)
Grande foto e que bela caminhada!
ResponderEliminarUAU!!!!!!!
ResponderEliminarQue fotografia!
Parabéns.
Rog
Rog,
ResponderEliminarA caminhada é de ontem... a foto de domingo :)
Maravilhoso lê-la!
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