Passando por certos atalhos, encanto-me com jarras e jardins, esforçando-me por reprimir um resquício de inveja. Não tenho jardim. Só um troço de relva, com um cipreste seco clamando por uma serra que o livre da decadência e um cedro que também já viu melhores dias. Não tenho jardim. Só alguns canteiros onde as rosas também já fenecem, com o rebordo das pétalas queimado do sol. Mas, ah, um desses canteiros salva-me agora o humor. Tem girassóis gigantes que começaram a florir. Não são os girassóis de Van Gogh. São, talvez, como os girassóis do Alvor, aqueles do Eugénio de Andrade. Não estão entre o branco e o rosa dos aloendros, mas estão entre o rosa das sardinheiras e o branco da madressilva. As suas flores gigantes fazem a delícia das abelhas, iluminam-me o olhar e matam-me as invejas.
Quem tem um canteiro de girassóis, mais a mais, quase iguais aos do Alvor no alvorecer da memórias do Poeta, entreameando o rosa das sardineiras e a alvíssima madressilva - isto de alvuras, até me trouxe à memória o alvíssimo uniforme da Madre Teresa do Restelo, mas adiante - dizia eu que, mesmo sem jardim estás repleta de odores e cores primaveris de fazer inveja a qualquer jardim que se preze. 🌻
ResponderEliminarLá pelos «atalhos» também estão bem servidos de bonitas flores.
Um abracinho também para ti, Luísa!
Também tu, Janita, tens por aí belas flores, que bem as vejo nas tuas publicações.
EliminarBom resto de domingo!
As flores na sua generalidade foram colocadas na Terra para perfumar o mundo. O girassol foi o SOL colocado na terra para que o ser humano e as outras flores estivessem mais próximos da luz (do sol)
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Feliz fim de semana
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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São, de facto, luminosos...
EliminarObrigada Rykardo.
Amei a sua publicação. Muito obrigada pela partilha!
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FRAGILIDADES ...
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Beijo e um excelente fim de semana.
Obrigada Cidália. Boa semana, a começar. :)
EliminarEste ano não os plantei. Paciência. Não são flor que goste muito, acho-os pesadões. Mas têm o mérito de rodar a cara para o sol e isso compensa muito.
ResponderEliminarFoi o meu pai que se encarregou de os plantar. E estou bem contente com o resultado. :)
EliminarBoa anoite, bea.
Se tivesse jardim, e a mim parece-me que tem, lá se iam os passeios de Domingo. Os jardins é que nos possuem, embora nos dêem a ideia do contrário. Assim, enquanto os girassóis tricotam as sementes e os pássaros espreitam, o mar aparece por aqui como um jardim florido. E quem sabe se um destes dias esses girassóis não resolvem também olhar para nós. Obrigada, luisa!
ResponderEliminarTer um jardim há de dar bastante trabalho. O que floresce por aqui, ao meu pai o devo, que ele é que trata do assunto. Numa fase em que ele não podia fazê-lo, bem senti o custo de arrancar as daninhas. Já quando vou campos fora, são as daninhas que me salvam os passeios. :)
EliminarBom resto de domingo, Teresa.
Também não tenho jardim, mas tens uma das flores que mais gosto...girassóis!
ResponderEliminarUm dia espero vê-los fotografados por ti :)
Vou fotografando neles, sim. A ver se algum dos retratos me inspira um post.
EliminarObrigada Manu!
Sempre gostei de girassóis, mesmo antes de conhecer os do Vincent.
ResponderEliminarNo virar do século, numa viagem daqui da Beira para Monsaraz, vislumbrei um imenso campo de girassóis em flor, uma imagem de tal beleza que ainda hoje me arrependo de não ter fotografado. Ia com pressa... mas mas nunca esqueci a beleza daquele campo algures no Alentejo. Voltei a vê-los no regresso, mas já estavam de cabeça tombada...
Vou ficar à espera das suas fotografias, Luísa ;-)
Boa semana.
🌻
Imagino a beleza desse campo de girassóis, Maria.:)
EliminarAqui há um jardim que está por conta de um inquilino.
ResponderEliminarE poderíamos ter um lindo jardim, mas temos uns canteiros com rosas e tudo mais é terra.
Gostomuito degirassõis.
Aliás, todas as flores são lindas.
Maria, para além do meu canteiro com girassóis, tenho vista para os canteiros de uma prima minha que são de fazer inveja com lindas coroas imperiais. :)
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