Passeio matinal até à praia, bem antes dos banhistas chegarem.
domingo, 30 de junho de 2013
sábado, 29 de junho de 2013
12 meses: junho
Porque em junho começa o verão, essa é a minha palavra do mês, cumprindo o desafio fotográfico proposto pela j. do blog azul turquesa.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
terça-feira, 25 de junho de 2013
Ouvinte
Ouvia. Todos os dias ouvia as histórias dos outros. Havia sempre
um rol de queixas que alguém tinha para fazer. De si próprio pouco falava. Desabituara-se
disso. Tantos eram os desabafos que os outros lhe traziam que, aos poucos, foi tendo
cada vez menos hipótese de falar de si. As falas dos outros sobrepunham-se à
sua e enchiam-lhe os ouvidos com tanto que tinham sempre por contar.
Contavam
das dores que tinham. Das doenças que os exames revelavam. Dos medicamentos que
tomavam. Das dietas que faziam. Das guerrilhas profissionais. Das histórias
contadas pelos vizinhos. Das conquistas amorosas mais recentes. Todos os dias
ouvia as histórias dos outros. Em muitos dias eram histórias repetidas.
Sempre
tivera uma grande aptidão para ouvir e todos se aproveitavam disso. Falava cada
vez menos e ouvia cada vez mais. Por vezes sentia que, de tanto ouvir, chegaria
o momento em que não conseguiria conter tantas histórias e assustava-se com o
que poderia suceder-lhe. Imaginava-se a rebentar como um balão. Em alguns
momentos parecia-lhe não aguentar mais um queixume sequer. Nem mais uma
gabarolice. Nem mais uma regateirice. Nem mais um relato. Nem mais uma palavra.
Mas, preso àquela vida, dia após dia, continuava ouvindo.
Certa manhã, sentiu-se estranho ao acordar. Quando se olhou
ao espelho viu que, no lugar da cabeça, tinha apenas uma orelha.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Coscuvilhice
Porque será que as pessoas mais coscuvilheiras têm a
distinta lata de criticar a coscuvilhice dos outros?
domingo, 23 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Porto
A propósito deste post
da Catarina e embora conhecendo muito pouco do Porto, venho aqui declarar que
gostei desse pouco que vi quando passei por lá, não há muito tempo.
E, cara Contempladora
Ocidental, até já tenho fotos tiradas por mim.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
Uma palavra mal dita
Saiu-me aquela palavra boca fora. Quase nem dei por ela se
estar a formar. Quando percebi já se projetava no ar, retinindo e passando sem
entraves pelo bocal do telefone. Chegou no mesmo instante ao ouvido
destinatário. Estava dita. Nada mais havia a fazer. Acabada a conversa, pousado
o auscultador, pairava à minha volta a sua sombra. A sombra das palavras mal
ditas entranha-se no pensamento e gira como um remoinho imparável. Roda e roda
e continua a rodar. Pode até parar por alguns instantes mas logo volta a
zumbir, como uma mosca que fica fechada no interior de uma pequena sala e que
bate incessantemente contra os vidros da janela, procurando a libertação. Aquela
palavra está assim. Girando e zumbindo incessantemente, atirando-se, furiosa, contra
as paredes do meu pensamento. Procura escapar-se de mim mas não há uma fresta
sequer que lhe conceda passagem. Há de infernizar-me dias a fio até cair
inanimada e morrer de exaustão. Ainda
assim, depois disso, temo que volte, como fantasma, assombrando-me as ideias.
domingo, 16 de junho de 2013
Passeio de domingo (152)
Passeio agendado previamente para domingo com passeante fora
do seu habitat natural. Por estar em Lisboa, escolhi mostrar bocadinhos de um
passeio feito há algumas semanas atrás quando, pela primeira vez, visitei o
Palácio de Queluz.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Marretas
Estão dois velhos marretas ao fundo da sala. Estão sentados
um ao pé do outro nas suas secretárias de trabalho onde trabalho é o que menos
se vê. Passam o dia a criticar os outros. Um diz mata e o outro logo diz esfola.
Tudo está mal. Só eles é que sabem como se faz. Só que não fazem. Só eles é que já trabalharam muito. Só que não
trabalham. Só eles percebem de toda e qualquer matéria. Percebem tudo mas não explicam
nada. Os outros que se informem.
domingo, 9 de junho de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Manhãs destrambelhadas
Está tudo contra mim. Começa logo pelos ponteiros do
relógio. O despertador toca e fico só mais um pouco na cama. Quando, passados
cerca de cinco minutos, me levanto, agarro no relógio e percebo que os
ponteiros andaram mais depressa do que eu esperava e já vão vinte minutos à
frente. São mesmo destrambelhados os safados dos ponteiros. Agora tenho eu
também que andar mais depressa. Onde é que já se viu uma coisa destas?
Em seguida são as minhas roupas que se mostram do contra.
Quero vestir-me mas elas resolvem fazer birra. Agarro numa camisa e logo ela me
faz compreender que não gosta de se ver com as calças que já tenho postas.
Condescendo e devolvo-a ao armário. Experimento outra. Mostra-me também cara
feia. Troco de calças. Nem assim. Volto às primeiras. Agarro numa t-shirt que
me torce o nariz porque, diz ela, a temperatura baixou. Ok, digo-lhe eu.
Agasalho-a com um casaquinho e embora resmungando lá se decide a sair comigo.
São mesmo destrambelhadas estas roupas. Fizeram-me atrasar ainda mais. Agora
quase não tenho tempo para tomar o pequeno-almoço.
Mastigo apressadamente os corn-flakes e corro para a
casa de banho para lavar os dentes. Entretanto atendo o telefone que toca e me
faz perder mais um ou dois minutos. É mesmo destrambelhado este telefone. Não
percebe que um ou dois minutos são tempo precioso, logo pela manhã?
quarta-feira, 5 de junho de 2013
A fotografia e o urso de peluche
Uma fotografia e um ursinho de peluche com quase cem anos são os protagonistas desta história de ternura e mistério que gostei de ler, para variar das habituais notícias austeras.
domingo, 2 de junho de 2013
Passeio de domingo (150)
Talvez porque ontem salvei uma joaninha de morrer afogada na
piscina, hoje deu-me para ir à procura de insetos. Numa curta incursão à horta
e às traseiras de casa, aqui está o pouco que consegui apanhar.
sábado, 1 de junho de 2013
O bolo de chocolate mais fácil de fazer do mundo
Há por aí uma marca que é “o melhor bolo de chocolate do
mundo”. Não duvido da afirmação. Quanto a mim, resolvi chamar a este que aqui
está “o bolo de chocolate mais fácil de fazer do mundo”. É uma receita da minha
prima V. e para além de fácil não deve ficar atrás do tal que diz que é o
melhor.
Basta colocar 200g de chocolate e 200g de manteiga sem sal a
derreter no micro-ondas. Retira-se e mexe-se bem. Acrescenta-se 200g de açúcar
e mexe-se mais um pouco. Vai-se juntando e batendo, um a um, cinco ovos. Por
fim, junta-se duas colheres bem cheias (ou 3 rasas) de farinha. Vai ao forno em
forma forrada com papel vegetal e untada com manteiga e coze por 30 minutos a
180º.
Servidos de uma fatia?
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