Eram palavras negras.
Acertaram-lhe violentamente no fundo da alma e ficaram por várias horas rodopiando
em seu redor vergando-a de dor sempre que voltavam a atingi-la. A cada volta
que davam pareciam agigantar-se e cercavam-na até fazê-la sufocar.
Sem saber como, reuniu forças e
foi agarrando naquelas palavras negras. Enfiou-as, uma a uma, num saco fundo
que atou com um cordel para evitar que se soltassem. Conseguiu abafá-las como só
uma mãe pode fazer.
Olá, Luisa!
ResponderEliminarPalavras excessivas são, por vezes, dolorosas, quer para quem as diz quer para quem as ouve.
Abafá-las, pode não ser a solução. Mas, a sabedoria e o amor maternal podem fazer milagres.
Abrs
Às vezes é preciso proteger os filhos dessa maneira!
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarNão sei se as enfiando num saco se conseguem abafar. A alma ouviu-as...
Beijo
Laura
Há palavras negras e momentos muito negros. Fica a esperança que tudo se resolva da melhor maneira...
ResponderEliminarBeijocas!
E quando esse saco se voltar a abrir, voltaremos a falar na abertura da caixa de Pandora...
ResponderEliminarPobres palavras negras... (e porque é que o negro tem sempre uma conotação negativa?!)
Eu repego aparte final do comentário da Graça, porque também já me tenho interrogado sobre isso.
ResponderEliminarBom fds
Que lindo escrito, Luisa. Acho que vou arranjar um saco desses para abafar as palavras quando quiserem me tomar. Um abraço!
ResponderEliminarAi... fiquei angustiada... espero que abafando resolva!
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