Não haverá uma porta. Estás cá dentro
E a fortaleza abarca o universo
E não possui anverso nem reverso
Nem externo muro nem secreto centro.
Não esperes que o rigor do teu caminho
Que obstinado se bifurca noutro,
E obstinado se bifurca noutro,
Tenha fim. É de ferro o teu destino
Como o juiz. Não esperes a investida
Do touro que é um homem, cuja estranha
Forma plural dá horror à maranha
De interminável pedra entretecida.
Não existe evasão. Nada te espera.
Nem no negro crepúsculo a fera.
Jorge Luis Borges
Nova antologia pessoal, Quetzal Editores, 2017
Labirinto. Com pássaro.
ResponderEliminarBonita foto, Luísa.
Obrigada bea. Um abraço. :)
EliminarBonita a foto a ilustrar o poema. Tal qual um labirinto de troncos. E negros, com o negrume de uma prisão.
ResponderEliminarO que vale é que ao passarinho lhe basta bater as asas para sair do cárcere...:)
E nós a invejar as asas do passarinho. :)
EliminarBeijinho, Janita.
Que bonito!:)
ResponderEliminar-
Um colo que oferece o seu carinho... |Blogue; Com Amor|
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Beijos, e uma excelente noite!
Bom domingo, Cidália. :)
EliminarSentimentos profundos não se evadem: quedam-se.
ResponderEliminarE nublam-se de emoções sentidas...
Beijinho.
Emoções que os poemas provocam.
EliminarBom domingo Guiomar. :)
Um excelente poema e uma excelente foto que se coaduna muito com ele !
ResponderEliminarObrigada Ricardo. :)
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