A menina de anoraque com capuz cor-de-rosa atravessou a passadeira pela mão de sua mãe. Vi-a, de manhã, enquanto esperava pelo sinal verde do semáforo. Levava no rosto um sorriso tal que conseguiu ofuscar a luz que o dia, já de si, apresentava. No caminho de volta a casa, fim de tarde já noite cerrada, havia lua cheia. Mas nem ela destronou o halo daquele sorriso matinal.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
domingo, 27 de dezembro de 2020
Passeio de domingo (517)
O tempo, ainda escasso, cingiu-me o passeio aos terrenos contíguos à casa, pelo que pouco mais trago do que ervas.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
Então é Natal
E por muito que este blog esteja ao abandono, ao menos duas palavrinhas têm de se fixar por aqui para que quem as veja as possa levar consigo: Boas Festas!
domingo, 13 de dezembro de 2020
Passeio de domingo (516)
As minhas desculpas, as minhas máximas desculpas, que isto hoje não é nada bonito. Com obras em casa, o passeio circunscreveu-se aos meus domínios, por entre tralhas e desarrumando o que terei de arrumar depois.
sábado, 12 de dezembro de 2020
Extinção
Aguardo a minha vez para o exame ecográfico e reparo na sinalética por cima da porta que dá acesso a uma das salas de TAC: extinção em curso. Quando me chamam para o vestiário, antecâmara da sala onde vou ser observada, vejo outro sinal idêntico. Pergunto à assistente que me encaminha a razão daquele aviso. Não sabe. Que até já se tem questionado sobre isso, mas não sabe. Intrigada com o que se estará a extinguir, tento manter a calma e acreditar que não, não estou numa sucursal do fim do mundo.
domingo, 6 de dezembro de 2020
Passeio de domingo (515)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Trovoada
Quatro dias depois, volto finalmente a ter internet e televisão. Enfim, meia televisão. O relâmpago foi tal que a pobre ficou sem pinga de cor. Agora regressei mesmo ao tempo do preto e branco.
domingo, 29 de novembro de 2020
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Feitiçaria
(...) A poesia se calhar não tem nada a ver com a literatura, tem mais a ver com os feiticeiros e a bruxaria. É um mundo completamente diferente. Não é que eu não faça versos quando é preciso. (...). Mas fazer versos é uma coisa diferente de fazer poemas. (...)
Mário de Carvalho
[entrevista na Rodapé -Revista da Biblioteca Municipal de Beja, nº11, 2003]
domingo, 22 de novembro de 2020
Passeio de domingo (513)
Mini passeio ao final da tarde, para cumprir calendário e fazer mexer o blog ao menos uma vez por semana.
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Paragem de autocarro
Hoje estavam exatamente no mesmo sítio de ontem, exatamente na mesma posição de ontem, exatamente à mesma hora de ontem, quando os vi abraçados, a cabeça dela aninhada entre o ombro e o pescoço dele, alheios ao trânsito da estrada nacional. Prevejo, para amanhã, a repetição da cena, que observarei por segundos ao contornar a rotunda e passar mesmo junto à paragem do autocarro.