sábado, 28 de dezembro de 2019

dezembro 28


Saí pelas cinco da tarde, quando já declinava o sol. Pisei os torrões ruivos da encosta, semeados de pedra calcária, onde nasce o trevo, testemunha da chuva que já abrandou a terra. Procurava pelos pássaros, mas eles, espertos, mais espertos do que eu, esconderam-se na folhagem das alfarrobeiras. Deles, só o canto. Pelo caminho, vi uma borboleta branca. Volteava agitada em redor de uma moita e ainda pousou por segundos sobre um ramo, de asas fechadas. Imóvel, esperei que ela decidisse abri-las. Quando o fez foi para, de novo, esvoaçar para longe do meu alcance. Segui em busca de outro motivo, um derradeiro raio de luz que fosse, neste fim de dia infrutífero. Mas a caça pouco ou nada rendeu.



13 comentários:

  1. Mas quem porfia mata caça!
    não caçaste nada mas escreveste um belo texto!

    Abraço

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    1. Importa não desistir, lá isso é, Rosa dos Ventos.:)

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  2. afinal sempre ouviste o canto dos passarinhos !!!
    já existem tão poucos coitadinhos
    felizes dias de fim de ano!
    beijinhos

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    1. Nas minhas redondezas não existem tão poucos assim, Ângela. :)
      Um excelente final de ano para ti também e, claro, um ainda melhor começo de 2020.

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  3. Deixa lá. .. melhores dias virão. :)

    A foto ficou linda... algo de positivo nesse dia.

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    1. Penso que devemos tentar extrair sempre algo de positivo dos nosso dias, mesmo se nem sempre é fácil.
      Obrigada Catarina!

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  4. Que lindo texto!
    Que mais borboletas voltem e que mais raios de luz brilhem, pois estamos no final de ano e brilhar e aprender a voar é o que devemos fazer!

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    1. Olá Micaela,
      Acredito, sim, que mais borboletas andarão brevemente por aqui. Ainda hoje vi imensas lagartas devorando um canteiro de flores... :))

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  5. Oh! Bolas, que esta fotografia vale por mil. PARABÉNS!!!
    O texto é apenas uma brincadeira propedêutica, um motivo para a exclamação. Não é, Luísa?
    Bom Domingo!!!

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  6. Não rendeu tudo o que querias, mas apareceu uma bela flor!
    Beijos Luísa

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    1. Ainda verde, Manu. Mas verde simboliza esperança de melhores dias. :)

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