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domingo, 26 de agosto de 2018

Semana da preguiçosa (plagiada)


Na segunda me deitei
na terça me levantei
na quarta foi dia santo
na quinta fui à feira
na sexta vim da feira
no sábado fui me confessar
no domingo comungar,
digam-me lá ó leitores
quando é que eu podia blogar?


domingo, 24 de julho de 2016

Pausa...

…motivada por uma significativa falta de agilidade no braço e mão esquerdos conjugada com uma imperiosa necessidade de poupar o braço e mão direitos aos efeitos perniciosos de um rato de computador que, por estes dias, se estão a manifestar de forma aguda.



quinta-feira, 17 de março de 2016

Pequena súmula de irritações diárias

Quilómetros e quilómetros de estrada em obra;
Condutores impacientes que apitam por tudo e por nada, mesmo quando é óbvio que o carro da frente não tem culpa da lentidão do trânsito;
Excrementos de cão perigosamente deixados nos passeios;
Colegas que não devolvem chamadas;


Mas, pelo menos, já se comem nêsperas.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Choque

Ainda estou em choque. O empregado do cinema vendeu-me bilhetes sénior. Como é possível eu ter envelhecido tanto de há quinze dias para cá? E nem sequer fiz anos. Ainda pensei reclamar. A salvação dele foi que coisa me saiu mais económica.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ortografia

Outro dia, alguém me questionava sobre a grafia do meu nome. O correto seria, diziam-me, escrevê-lo Luísa. Que me lembre, sempre me conheci  Luisa, sem acento no i. Apressei-me a verificar no meu cartão de cidadão e, horror dos horrores, lá estava Luísa grafado com acento. Um drama. Terei eu sido a vida inteira um erro ortográfico?

Já sem o antigo BI que, juro, sempre se apresentou sem acento, para me esclarecer a questão, fui correndo ao ciberdúvidas. E lá estava, explicadinho pelos Dicionários e pelos Vocabulários que, sim senhora, o meu nome, que deriva do francês Louise, em português se escreve Luísa.

Pronto. Pronto. Nada de aflições. Também se diz lá que os meus direitos individuais estão salvaguardados e que posso escrevê-lo sem acento se tal foi a sua grafia original, no registo civil.

Ufa. Toca agora a procurar a minha cédula pessoal que guardo religiosamente numa pastinha de documentos mais antigos.  Com as mãos trémulas de emoção, abro o livrinho fino, de capa preta, onde verifico que me registaram cerca de um mês depois de eu ter nascido, onde também encontro assente a data do meu baptismo e onde vou finalmente legitimar a forma como sempre me (d)escrevi.

Ou não. Na minha cédula pessoal, descubro, mais de meio século volvido, que me chamo Louisa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Queixosos

Não consigo entender por que razão as pessoas que se queixam do sul e especialmente do Algarve em agosto continuam a fazer férias, precisamente, em agosto. E não consigo entender porque é que escolhem sobretudo a primeira quinzena de agosto que é quando há mais gente de férias no sul e a criticar o sul. Queixam-se das filas de trânsito, queixam-se das praias cheias de gente, queixam-se dos vendedores de bolas de Berlim, queixam-se por verem caras conhecidas, queixam-se das festas, enfim são queixosos crónicos. E não me venham dizer que só podem ter férias em agosto. Isso será verdade para alguns. Não o é certamente para todos aqueles que, sistematicamente, todos os verões, rumam a sul e, invariavelmente, vão afiar língua, lápis e teclas para se queixar. De quê, afinal? No fundo, acho que de si próprios.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Memória

Digo que sim por vergonha mas, na verdade, não me lembro. Ela foi minha colega na escola, eu sei. Só que, quando recorda que éramos da mesma turma, não consigo visualizar esse quadro. Do mesmo modo, espanta-me quando refere as visitas que me fazia no meu local de trabalho, no tempo em que éramos estudantes universitárias. Deve ter sido assim mas o facto é que não tenho memória disso.


Ando a acumular muitos episódios destes para o meu gosto. Inquieto-me.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

As promoções


Não consigo acertar nisto.
Se compro no início da época, arrependo-me quando começam as promoções. Lá está aquele trapinho que eu comprei, agora a metade do preço, ou quase.
Se deixo para os saldos, arrependo-me. Já não está lá o tal trapinho que eu tinha debaixo de olho. Nem lá nem em nenhuma outra loja onde pudesse mandar buscar.
 

sábado, 13 de dezembro de 2014

O computador


Ao fim vários dias hospitalizado, o computador teve alta. Regressou a casa. Parecia feliz e aparentava ter recuperado a energia. Foi sol de pouca dura. Aliás, nem sol chegou a ser já que só foi posto à prova durante uma escassa hora e em período noturno. Hoje voltou a queixar-se. Terá que voltar à consulta.  Por mal dos meus pecados…

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Oh não! Agora é o chocolate…


São só más notícias. Parece que também nesta matéria, temos andado a consumir acima das possibilidades.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Astros e bruxos

Como se não me bastassem os panfletos dos profs. Zinga, Jambo, Bambú, e outros que tais, que me aparecem no para-brisas do carro, agora também me caem anúncios de astrólogos no feed de notícias do facebook.
Irra.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Serviço de defesa do consumidor

Depois de mais de vinte anos a receber a Deco Proteste e mais algumas revistas associadas, efetuando o respetivo pagamento através de débito direto, decidi que já não queria mais. Fui ao banco e cancelei a autorização de débito direto.

Para meu espanto, pouco mais de dois meses depois, verifiquei, no extrato bancário, que o débito se mantinha. Voltei ao banco e ao que parece não chega fazer lá o cancelamento. É necessário fazê-lo também junto de quem nos cobra. Na verdade pouco depois da minha ordem ao banco, a Deco, querendo efetuar a sua cobrança, reativou o débito bancário valendo-se da minha autorização inicial de há muitos, muitos anos atrás.

E assim, lá fui hoje à Associação de Defesa do Consumidor cancelar uma subscrição que a mesma reativou contra a minha anterior instrução ao banco.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

As compras

O novo horário de trabalho reduziu-me a hora de almoço. Agora é mesmo só uma hora. E dá para muito pouca coisa. Come-se em trinta minutos aquecendo a marmita trazida de casa no micro-ondas da sala de refeições do trabalho e tenta-se aproveitar os restantes trinta para um passeio ao ar livre, curto que seja. Sempre dá para arejar um pouco. Não dá, no entanto, para como dantes, resolver assuntos que, não parecendo, são de relativa importância. Sobretudo em época de aproximação de festas natalícias. Ir à loja tornou-se num stress. Num dia entra-se para ver, mas não há tempo para experimentar. No dia seguinte vai-se à prova. E no terceiro chega-se então à caixa.

Isto não é uma queixa. É uma constatação. E constato que, como eu e como as colegas que me acompanham, há mais quem se veja obrigado a regressar à mesma loja, à mesma hora de almoço, em dias sucessivos.

E isto para desespero de uma dessas minhas colegas. Ontem, por distração, conversou durante um ou dois minutos com uma senhora que escolhia camisolas de malha num expositor situado mesmo em frente ao balcão de atendimento. Só percebeu que não estava a falar comigo quando levantou os olhos da camisola que a dita senhora tinha entre mãos e me viu, especada, à espera dela na porta de entrada da loja. Estarrecida com o engano e com a cara de espanto que a outra cliente da loja fazia olhando para ela, saiu de rompante porta fora, incapaz de emitir uma palavra de explicação para a mulher mas rindo sonoramente da sua própria figura.

O episódio foi divertido e regressámos na maior das boas disposições ao trabalho. O pior foi hoje, quando voltámos à loja e nos deparamos com a mesma mulher, junto ao mesmo expositor, apreciando as mesmas camisolas.

Saímos de fininho, enquanto ela ainda estava de costas.  

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Das duas, uma

Ou o tempo está a andar mais depressa ou eu estou a ficar lenta demais. É que há dias em que não dou conta da rolha.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Das duas, uma

Ou eu estou a ficar muito esquisita ou as lojas não têm nada de jeito. É que não consigo comprar um trapinho novo.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O florista

Fui à florista da praça comprar algumas flores com a intenção de preparar um pequeno arranjo para a campa da minha mãe. A azáfama era grande. Bastante clientela, coroas e palmas a fazer e as floristas sem mãos a medir.

Junto às mulheres que se atarefavam, estava também um homem que se disponibilizou para me atender. Escolhi um molho de margaridas, cinco gerberas e cinco pés de verdura. Entreguei-lhe tudo para que embrulhasse e fizesse a conta.

Começou por colocar os fios de arame nas gerberas. Via-se que os seus dedos não tinham muita habilidade para a coisa. Quando terminou de colocar os arames juntou tudo e começou a atar os pés das flores com um fio. Ao levantar o ramo percebeu que tinha atado também outras flores que se encontravam sobre a mesa mas que não me pertenciam. Desfez o atilho e recomeçou. Pelos vistos os arames das gerberas estavam frouxos, porque voltou a contorcê-los um a um.

Por essa altura comecei a ficar com calor. Havia bem uns dez minutos que a cena se desenrolava e comecei a sentir falta de uma pequena dose de paciência. Respirei fundo, olhei para o lado e esperei. O homem embrulhou os pés das flores num pedaço de papel de alumínio e entregou-me o molho enquanto eu lhe estendia uma nota para pagar. 

Mal agarrei no ramo, soltou-se uma gerbera do atilho que nada atava. Com os nervos em franja devolvi as flores a uma das mulheres que se viu obrigada a interromper o trabalho que fazia para resolver o meu caso. E resolveu-o num instante, no tempo que o florista necessitou para me fazer o troco.

sábado, 14 de setembro de 2013

Das duas, uma.

Ou as férias foram tão longas que já não me lembrava de como era trabalhar, ou a primeira semana foi de arrasar mesmo.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Papo-secos

Era uma mulher de idade avançada e rebocava a vida nos pertences que enchiam o seu carrinho de compras. Ao atravessar a rua, o ressalto do lancil fez cair o saco que ia no topo do trolley e uma dúzia de papo-secos espalharam-se pelo asfalto.  Conformada, dobrou-se e lentamente ficou a apanhar os pãezinhos um por um.