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sexta-feira, 19 de maio de 2017

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Ajudar é preciso

E há sempre forma de ajudar. Cada um como pode e sabe. Basta querer. Divulgo aqui o projeto Filhos do Desespero do blogger C.N. Gil, que visa ajudar crianças vítimas da guerra e da pobreza. Vale a pena querer. Vale a pena ajudar. 

sexta-feira, 24 de março de 2017

Bluff

A minha mãe tinha uma cicatriz em forma de quarto de lua junto ao olho direito. Foi de uma queda. Contava ela. Vinha disparada a correr ladeira abaixo. Foi nas pedras do valado. Contava ela. E eu estremecia, sentindo em mim a dor da queda, a dor do golpe, o sangue a jorrar. Não era a criança que a minha mãe tinha sido que eu via, era eu própria estarrecida de medo perante a possibilidade de um acidente assim, perante as consequências de uma ferida que a milímetros de distância podia traduzir-se em cegueira.  Sempre tive medo. Medo de tudo. Imagino sempre o pior se não tenho notícias de alguém no momento em que eu acho razoável tê-las, se os meus filhos não me atendem o telefone à segunda ou terceira chamada, se um atraso acontece numa chegada prevista de alguém em viagem, se ouço as sirenes de uma ambulância. Começo logo a ver cenas terríveis, acidentes, raptos, assaltos, dramas horríveis. Quando digo ver é mesmo ver. É como se estivesse no cinema com a ação a desenrolar-se na frente dos meus olhos. Acontece de forma tão vívida que sou obrigada a sacudir a cabeça ou a abanar a mão na frente do rosto para afastar essas visões como quem afasta uma mosca. Sou uma pessoa com medo e a cada ato de terror que presencio na aldeia global, vejo-me assaltada por um enxame de moscas. Claro que com o treino de uma vida que já tenho, consigo rapidamente afugentá-las. Só não consigo acreditar que estas criaturas não aflijam também os outros, aqueles que fazem questão de dizer que não, que não têm medo. 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Acidente de percurso

Diz Vargas Llosa, em entrevista publicada na última edição da revista do Expresso, que todos os seres humanos deveriam planear a vida como se fossem viver eternamente. Afirma que, para vivermos em paz, devemos aproveitar a vida até ao final e organizá-la como se vivêssemos indefinidamente, para que a morte seja como um acidente.

Eu, que não sou ninguém, atrevo-me a dar-lhe razão. Agrada-me o pensamento de uma vida interminável. Pensar na morte como um acidente de percurso tem um lado absolutamente redentor que me faz sentir salva.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Intenguida


Estou intenguida.*
É o frio do tempo. E é também o frio do momento.


*tolhida de frio, entanguida [conforme ao falar algarvio]

quarta-feira, 30 de julho de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

terça-feira, 28 de maio de 2013

A culpa tecnológica

Será tarde demais para o correio analógico? Como é possível que a geração mais tecnológica e conectada de sempre não saiba como endereçar uma carta? Essas são as perguntas feitas por um pai que acaba de descobrir que o seu filho, excelente aluno e a terminar o ensino secundário, não o sabe fazer. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Blogosfera solidária


A Manuela é uma Turista Acidental que além do mais é solidária. Ela encontrou uma forma bem simpática de ajudar quem precisa. Com a ajuda de outras bloggers vai promovendo leilões-flash de peças bonitas e úteis .  Vão lá espreitar  e, querendo e podendo, licitar. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O treino


Percebi há pouco, ouvindo um banqueiro a falar na televisão, que nós, os portugueses, devemos estar a treinar intensamente para alcançar um qualquer lugar no pódio da pobreza.  Percebi que estamos numa corrida de resistência. Sim. E o tal banqueiro dizia, convicto, que vamos aguentar. À nossa frente está outro país, a Grécia, que já aguentou e ainda aguenta muito mais. E se lá conseguem aguentar, não há razão para nós, cá, não conseguirmos, reforçava o banqueiro. Nesta intervenção, que me pareceu de treinador que quer motivar os seus atletas, o banqueiro insistia. Vejam que quando vamos na rua por vezes nos deparamos com alguns sem-abrigo e devemos pensar que nós, qualquer um de nós pode vir a ser como eles. E se os sem-abrigo aguentam, porque é que qualquer um de nós não há de aguentar?

Grande treinador. Perito na motivação. Pena eu nunca ter tido vocação para o desporto.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Solidariedade

O princípio da história.
O desenvolvimento da história.
Uma história que se torna campanha de solidariedade.


Para ler e para fazer alguma coisa.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A sede

Fiquei a saber que afinal a água não é um bem essencial.

Diz o jornal que a água engarrafada passa a ser taxada a 23%. Pensei: olha, lá terei que beber água da torneira. Só depois me lembrei que isso era se a torneira ma trouxesse devidamente tratada. Aqui na terra bem andaram há dois anos atrás a esburacar estradas e caminhos com as obras do abastecimento de água… mas até hoje essa água não chegou. É pois fácil de imaginar o tamanho da minha sede. Ela cresce dia após dia. Já estou até definhando e não tarda fico completamente desidratada

terça-feira, 29 de março de 2011