sábado, 10 de novembro de 2018

Galo(s)

Volta a este espaço uma fotografia já publicada, desta vez com intervenção da Afrodite, que resolveu dar cor às cristas dos galinhos de Barcelos, os mesmos que passearam por aqui no domingo passado.



O Galo

À meia noite
se ergue o francês
levanta-se de noite
mais de uma vez
sabe da hora
não sabe do mês
traz esporas
não é cavaleiro
toca alvorada
não é corneteiro
tem uma serra
não é carpinteiro
tem picão não é pedreiro
tem uma foice
não é ceifeiro
cava na terra
não acha dinheiro
passeia na praça
não é estudante
canta na missa
sem ser sacristão
sabe da hora
mas da morte não.


Recolhido em "Eu bem vi nascer o sol: antologia de poesia popular portuguesa", de Alice Vieira.


2 comentários:

  1. O olhar é curioso!!!
    A cantilena já conhecia!!!
    Bom domingo!

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  2. hehehehe
    Diz lá que não ficaram bem giros!? 😃
    Diverti-me imenso com esta brincadeira... que teve como principal objectivo fazer-te sorrir.

    Beijinhos ao ritmo da cantilena
    (^^)

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