Nem mais, nem menos, Luisa. Foi nos anos de esforço (pós-divórcio, é absolutamente necessário afirmá-lo) para gostar de mim, e consegui, que deixei de procurar/querer escutar a validação alheia, que me tornei mais assertiva, mas principalmente cuidando de não me encher de manias imbecis ("mais do mesmo...").
Muitas vezes brinco com o facto de ter um amante com 28 anos, que é, principalmente, um excelente amigo. Sei que estou a "ajudar" aquele belo 1,90 de gente a gostar mais de si, mas está em cima da mesa uma carta fundamental, ou antes, duas: não me considero bela - gosto de mim, calmamente :) - e não o faço sentir-se como um miúdo: não é, é um homem. Sucede, isso sim, que é mais jovem do que eu.
Não se pode, isso não, deturpar, que foi o que fez a besta do escritor francês, arrasando um género, mas deixando (acho que isto vi pouco comentado, mas merece muita atenção), à cautela, que talvez quando chegar aos 60 possa inflectir na opinião (será, é o tempo de nos perguntarmos, as mulheres que têm 50 ou + anos, que é porque provavelmente precisará de viagra (ainda que nem todos dele necessitem???).
Vou usar um lugar-comum, alexandra, uma banalidade, até porque a realidade é feita de lugares-comuns. O amor não escolhe idade. Isto é o que qualquer um de nós pode comprovar tanto em figuras públicas como em cidadãos comuns. Quem não tem exemplos junto de si? Quanto a mim, o tal escritor francês é tão só um infeliz.
A minha questão é essencialmente sobre esta coisa de se sobrevalorizar a juventude e de se menosprezar a velhice. Como diz o JMV não sabemos envelhecer e vamos fingindo que não somos velhos. E parece-me que o que nos falta é precisamente conseguir aceitar que envelhecemos e tirar disso o melhor partido. Não é fácil. :)
Sabes o que digo, Luísa? Esse tal Yann Moix não deve bater bem da bola. Filho da mãe de convencido machista, tem cinquenta anos e não conseguiria amar uma mulher da sua idade? Ora, vá-se lá catar!!
Claro que concordo com o "nosso" sexólogo. Homens e mulheres, tenham a idade que tiver, não precisam da validação da sociedade nem de ninguém, basta que se aceitem como são e gostem de si mesmos. Amam alguém mais velho, ou mais jovem? São correspondidos? Bola para a frente e sejam felizes. :)
Esse Yann tocou na ferida e muitas de nós sentimo-nos atingidas, no entanto porque precisamos da validação dos outros? Basta termos auto estima e gostarmos de nós....
eu não me senti atingida (em tempos, talvez tivesse sentido) mas, com(o) muitas outras mulheres, limitámo-nos a comentar, este trambolho está a pedi-las por todas as mulheres e, devo dizê-lo, pelos homens que não fazem da idade questões de género. Por muito mais do que uma razão que, seguramente, não é Só a Questão: há muito ali em causa. Muito, mas muito mais do que lá está, nas declarações do trambolho.
Esse homem deve ser a figura mais odiada nestes últimos dias! : ) Ele teve a coragem ou um momento de idiotice (na época em que vivemos) ao fazer essa afirmação. Afinal, grande parte dos homens – por várias razões – preferem mulheres muito mais jovens para os seus casos extra-matrimoniais ou mesmo quando têm um segundo ou terceiro matrimónio em mente. E as mulheres jovens têm a tendência para homens mais velhos quando se querem divertir. Ele diz que não se pode comparar um corpo de 25 anos com um de 50. Realmente, há certas diferenças... A lei da gravidade também já o devia ter afetado e está em estado de negação. ; )) Para não falar na andropausa, nos níveis baixos de testosterona, no aumento da circunferência abdominal... Vou googlar o dito senhor e analisar a sua “condição” física. Se calhar até sofre já de disfunção erétil e precisa da pílula azul em forma de menina de 25 anos! É ... deve ser isso mesmo... diminuição da libido! : )
Luisa, desviei-me um pouco do assunto... Li um dos comentários e perdi-me. Sim, sim, o Júlio Machado Vaz está no caminho certo... : ))
Catarina, um corpo de 25 anos pode não ser comparável a um de 50, embora isso seja relativo. As mulheres amadurecem talvez mais cedo do que os homens mas eles chegam lá também... :) Precisamos é de valorizar a idade, de aceitar o tal corpo de 50 e +.
Há uns anos atrás seríamos velhos aos 50, sim... Com o aumento da esperança média de vida, aos 50 ainda somos jovens. Mas o facto, Pedro, é que não devíamos temer a palavra "velho". :)
O senhor professor diz coisas tão bonitas e aponta feridas tão a direito que se me esvai a conversa. É que é mesmo isso. Como diz uma colega com algum sentido de humor, "mas quando é que nos dão um workshop que nos ensine a envelhecer, tanto workshop disto e daquilo e a sermos velhos ninguém ensina". Digo eu, "ai ensina, ensina; só que tudo nos sai caro e é ensinado depois de nos caírem irrecuperáveis bocados de pele", Remedeia-se sem prevenir. Aprendemos ao retardador, por experiência própria; quem sabe devíamos fazer um diário com os bocejos, remoques e queixas do corpo para orientação dos vindouros". Boa sexta feira, Luísa:)
A única coisa que o Moix queria é que falassem dele e não é que o não se fala de mais nada??? Seremos sinceros à anos que é assim, os homens têm preferência por mulheres mais novas, corpos mais novos, sempre foi assim, sabemos disso! As mulheres que se valorizam nem ligaram ao que lhe saiu da boca, a polémica só o ajudou na carreira, quer queiramos ou não!
Rosa dos Ventos, essa é uma expressão popular que responde bem ao tal escritor. Embora eu não não tenha nada contra a palavra velho. Não a considero negativa. :)
Li esse artigo do Júlio Machado Vaz e gostei. O "outro", claro, é um idiota !!! :( De um modo geral confunde-se sexualidade (ou a sua perda), com a idade, quando ela tem muito mais a ver com as doenças (ou estados de saúde) no pós 50 (ou até antes) do que propriamente com a idade ! O factor idade, sim, é uma realidade que tem o seu peso de um modo geral no estado geral das pessoas (sim temos que aceitar e aprender a envelhecer), o que não quer dizer que o seja, fatalmente, na sexualidade ! Nesse aspecto há uma certa confusão ! Diabetes, hipertensão, depressões, obesidade, falta de exercício físico, são (negativamente) muito mais importantes que a "doença" idade !!!
Sem dúvida, Rui. Esquecemo-nos de que com a idade mais avançada é mais provável surgirem problemas de saúde e eventualmente eles podem afetar a sexualidade. A questão é saber vivê-la de outra forma e satisfatoriamente.
Certissimo. O Mundo seria um lugar melhor se as pessoas fossem mais meigas e amigas.
ResponderEliminarMaggie F,
EliminarPodemos sempre sonhar com um mundo melhor, mas para isso é preciso pessoas melhores. :)
Nem mais, nem menos, Luisa. Foi nos anos de esforço (pós-divórcio, é absolutamente necessário afirmá-lo) para gostar de mim, e consegui, que deixei de procurar/querer escutar a validação alheia, que me tornei mais assertiva, mas principalmente cuidando de não me encher de manias imbecis ("mais do mesmo...").
ResponderEliminarMuitas vezes brinco com o facto de ter um amante com 28 anos, que é, principalmente, um excelente amigo. Sei que estou a "ajudar" aquele belo 1,90 de gente a gostar mais de si, mas está em cima da mesa uma carta fundamental, ou antes, duas: não me considero bela - gosto de mim, calmamente :) - e não o faço sentir-se como um miúdo: não é, é um homem. Sucede, isso sim, que é mais jovem do que eu.
Não se pode, isso não, deturpar, que foi o que fez a besta do escritor francês, arrasando um género, mas deixando (acho que isto vi pouco comentado, mas merece muita atenção), à cautela, que talvez quando chegar aos 60 possa inflectir na opinião (será, é o tempo de nos perguntarmos, as mulheres que têm 50 ou + anos, que é porque provavelmente precisará de viagra (ainda que nem todos dele necessitem???).
Vou usar um lugar-comum, alexandra, uma banalidade, até porque a realidade é feita de lugares-comuns. O amor não escolhe idade. Isto é o que qualquer um de nós pode comprovar tanto em figuras públicas como em cidadãos comuns. Quem não tem exemplos junto de si? Quanto a mim, o tal escritor francês é tão só um infeliz.
EliminarA minha questão é essencialmente sobre esta coisa de se sobrevalorizar a juventude e de se menosprezar a velhice. Como diz o JMV não sabemos envelhecer e vamos fingindo que não somos velhos. E parece-me que o que nos falta é precisamente conseguir aceitar que envelhecemos e tirar disso o melhor partido. Não é fácil. :)
Sabes o que digo, Luísa? Esse tal Yann Moix não deve bater bem da bola.
ResponderEliminarFilho da mãe de convencido machista, tem cinquenta anos e não conseguiria amar uma mulher da sua idade? Ora, vá-se lá catar!!
Claro que concordo com o "nosso" sexólogo. Homens e mulheres, tenham a idade que tiver, não precisam da validação da sociedade nem de ninguém, basta que se aceitem como são e gostem de si mesmos. Amam alguém mais velho, ou mais jovem? São correspondidos? Bola para a frente e sejam felizes. :)
Beijinhos.
Nem mais, Janita! Saibamos gostar de nós mesmos. :)
EliminarEsse Yann tocou na ferida e muitas de nós sentimo-nos atingidas, no entanto porque precisamos da validação dos outros? Basta termos auto estima e gostarmos de nós....
ResponderEliminarGM,
EliminarDo que não precisamos, com toda a certeza, é da validação de um energúmeno como ele. :))
Gaja Maria :)
ResponderEliminareu não me senti atingida (em tempos, talvez tivesse sentido) mas, com(o) muitas outras mulheres, limitámo-nos a comentar, este trambolho está a pedi-las por todas as mulheres e, devo dizê-lo, pelos homens que não fazem da idade questões de género. Por muito mais do que uma razão que, seguramente, não é Só a Questão: há muito ali em causa. Muito, mas muito mais do que lá está, nas declarações do trambolho.
Esse homem deve ser a figura mais odiada nestes últimos dias! : ) Ele teve a coragem ou um momento de idiotice (na época em que vivemos) ao fazer essa afirmação. Afinal, grande parte dos homens – por várias razões – preferem mulheres muito mais jovens para os seus casos extra-matrimoniais ou mesmo quando têm um segundo ou terceiro matrimónio em mente. E as mulheres jovens têm a tendência para homens mais velhos quando se querem divertir.
ResponderEliminarEle diz que não se pode comparar um corpo de 25 anos com um de 50. Realmente, há certas diferenças...
A lei da gravidade também já o devia ter afetado e está em estado de negação. ; )) Para não falar na andropausa, nos níveis baixos de testosterona, no aumento da circunferência abdominal... Vou googlar o dito senhor e analisar a sua “condição” física. Se calhar até sofre já de disfunção erétil e precisa da pílula azul em forma de menina de 25 anos! É ... deve ser isso mesmo... diminuição da libido!
: )
Luisa, desviei-me um pouco do assunto... Li um dos comentários e perdi-me.
Sim, sim, o Júlio Machado Vaz está no caminho certo... : ))
Catarina, um corpo de 25 anos pode não ser comparável a um de 50, embora isso seja relativo. As mulheres amadurecem talvez mais cedo do que os homens mas eles chegam lá também... :) Precisamos é de valorizar a idade, de aceitar o tal corpo de 50 e +.
EliminarQuando me refiro à figura mais odiada... estou a pensar no Moix! ; )
ResponderEliminarNem o nomeio... :))
EliminarVelho?
ResponderEliminarTenho 54 anos.
Não, não sou velho.
E gosto muito mais de mim próprio agora do que nos vintes e trintas.
Bfds
Há uns anos atrás seríamos velhos aos 50, sim... Com o aumento da esperança média de vida, aos 50 ainda somos jovens. Mas o facto, Pedro, é que não devíamos temer a palavra "velho". :)
EliminarO senhor professor diz coisas tão bonitas e aponta feridas tão a direito que se me esvai a conversa.
ResponderEliminarÉ que é mesmo isso. Como diz uma colega com algum sentido de humor, "mas quando é que nos dão um workshop que nos ensine a envelhecer, tanto workshop disto e daquilo e a sermos velhos ninguém ensina".
Digo eu, "ai ensina, ensina; só que tudo nos sai caro e é ensinado depois de nos caírem irrecuperáveis bocados de pele", Remedeia-se sem prevenir. Aprendemos ao retardador, por experiência própria; quem sabe devíamos fazer um diário com os bocejos, remoques e queixas do corpo para orientação dos vindouros".
Boa sexta feira, Luísa:)
Estou com essa colega, bea! É isso mesmo, precisamos de aprender e de valorizar os séniores. :)
EliminarA única coisa que o Moix queria é que falassem dele e não é que o não se fala de mais nada??? Seremos sinceros à anos que é assim, os homens têm preferência por mulheres mais novas, corpos mais novos, sempre foi assim, sabemos disso! As mulheres que se valorizam nem ligaram ao que lhe saiu da boca, a polémica só o ajudou na carreira, quer queiramos ou não!
ResponderEliminarSim, Titica Deia, lá isso é verdade. O homem, de quem nunca tínhamos ouvido falar, deve ser um dos mais "googlados" dos últimos dias. :))
EliminarMuito assertivo como sempre.
ResponderEliminarAbraço e bom fim-de-semana
Sem dúvida, Elvira. Revemo-nos nas suas palavras.
Eliminar:)
Muito bem. Gostei de ler...
ResponderEliminarHoje :- Ritual, entre a natureza e o amor
Bjos
Votos de uma óptima Sexta - Feira.
Ainda bem, Larissa. :)
EliminarVelhos são os trapos! 😁😁
ResponderEliminarAbraço
Era isso mesmo que a minha mãe costumava dizer. Ela sempre se vestia de uma “forma juvenil” mas apropriada à idade.
EliminarRosa dos Ventos, essa é uma expressão popular que responde bem ao tal escritor. Embora eu não não tenha nada contra a palavra velho. Não a considero negativa.
Eliminar:)
Li esse artigo do Júlio Machado Vaz e gostei. O "outro", claro, é um idiota !!! :(
ResponderEliminarDe um modo geral confunde-se sexualidade (ou a sua perda), com a idade, quando ela tem muito mais a ver com as doenças (ou estados de saúde) no pós 50 (ou até antes) do que propriamente com a idade !
O factor idade, sim, é uma realidade que tem o seu peso de um modo geral no estado geral das pessoas (sim temos que aceitar e aprender a envelhecer), o que não quer dizer que o seja, fatalmente, na sexualidade ! Nesse aspecto há uma certa confusão !
Diabetes, hipertensão, depressões, obesidade, falta de exercício físico, são (negativamente) muito mais importantes que a "doença" idade !!!
Sem dúvida, Rui. Esquecemo-nos de que com a idade mais avançada é mais provável
Eliminarsurgirem problemas de saúde e eventualmente eles podem afetar a sexualidade. A questão é saber vivê-la de outra forma e satisfatoriamente.
Havendo sanidade mental e física, aprende-se a gostar de si própria(o).
ResponderEliminarNada a fazer. É irreversível.
Aprendamos a viver os momentos.
É isso Maria, aprender a viver e a desfrutar de cada momento. :)
ResponderEliminarverifico, com satisfação, que por aqui o verbo não está em greve
ResponderEliminare mais - tem a escrita em dia!
muito bem
abraço
Manuel Veiga, o verbo por aqui até costuma ser bastante preguiçoso. Enfim,vai-se tentando contrariar a preguiça. :)
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