sábado, 16 de abril de 2011

Palavra

Gosto de ler o que esta Ana escreve. Nenhum dos seus posts me deixa indiferente. Podem suscitar-me admiração, inveja, irritação. É uma escrita viciante. Gosto de a ler quer o conteúdo me agrade ou não. Estou sempre de olho nas suas actualizações para não lhe perder uma palavra. E agora há uma palavra que desconheço e que me deixa em desassossego. No post que ela escreveu no dia 13 de Abril sobre o último romance da Lídia Jorge, a Ana diz que encontrou, escrita no livro, a palavra que, de todo, não suporta. De tal modo que é para ela uma palavra inominável. E agora, como vai ser?


Eu que, tal como ela, gosto de ler Lídia Jorge e que também estou a ler A Noite das Mulheres Cantoras, como é que vou conseguir chegar ao fim daquelas 317 páginas, desconfiando de cada uma das mais inócuas palavras que vou encontrando nelas? Fiquei com a leitura inquieta. Olho para cada página em sobressalto, achando que a qualquer momento uma palavra se vai soltar da linha em que se encontra e me vai gritar “Sou eu”, “Sou eu”. Todas as noites, pego no livro pousado na mesa-de-cabeceira e prossigo a leitura neste desespero, morrendo de curiosidade e olhando para cada palavra de soslaio. É desta que vou ficar com os olhos em bico. Irra.

4 comentários:

  1. Não sei... se calhar é uma partidinha e ela gosta das palavras todas ;)

    Bjos

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  2. :) Também fiquei a pensar em qual é que seria a palavra :)

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  3. Puxa... isso não se faz... eu deixava-lhe um comentário a insultá-la...lol

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